A rota alternativa para o trânsito de animais vivos, produtos e subprodutos de origem animal foi uma sugestão encaminhada pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) há quase dois meses. Conforme o presidente do fundo, Rogério Kerber, a saída destes itens passando pelo Posto Fixo de Divisa de Torres pode economizar até dez horas no trânsito até São Paulo. Está prevista para até o final de setembro a data de reinauguração do posto de Torres e o início do tráfego pela BR-101.
O secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi e o secretário adjunto da Agricultura e da Pesca do Estado de Santa Catarina, Airton Spiens, assinaram o documento que possibilitará ações conjuntas para viabilizar o trânsito de animais e de produtos de origem animal através do posto de divisa de Torres.
Conforme o secretário Mainardi, a parceria entre os estados otimiza as ações de fiscalização e traz benefícios para as cadeias produtivas animais, já que encurta distâncias para outras regiões do Brasil, diminuindo em até dez horas algumas viagens, além de garantir a segurança no transporte, uma vez que a rodovia é duplicada, moderna e toda monitorada por câmeras. Segundo Mainardi, o corredor deve ser instalado até o mês de outubro, por meio de um ato público para divulgação da rota.
Segundo o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, essa é uma rota fundamental que concretiza uma demanda de vários anos das cadeias produtivas, facilitando o acesso a outros estados, até o momento retardado devido à movimentação na BR-116.
O secretário adjunto da Agricultura de Santa Catarina, diz que a medida demonstra bom senso e traz benefícios para a segurança sanitária de ambas as partes, por proporcionar questões de bem estar animal e principalmente segurança no transporte, além de desviar o trânsito intenso de outras rodovias do Estado.
O secretário adjunto da Agricultura gaúcha, Claudio Fioreze, após destacar que o Rio Grande do Sul já possui cinco corredores sanitários, afirmou que este que está sendo criado é o mais estratégico em termos de logística.
– Essa é uma celebração histórica – declarou Fioreze.
Corredores Sanitários
Agora passarão a existir seis corredores sanitários para o escoamento de produtos através do estado vizinho. Os Postos Fixos de Divisa, onde estão os corredores, estão sendo revitalizados com recursos do Fundesa.
O total investido pelo Fundesa para a melhoria dos Postos Fixos de Divisa supera R$ 230 mil. Ao todo são locais que poderão funcionar em parceria com os fiscais do Estado vizinho, para o controle de ingresso de animais e produtos e subprodutos de origem animal no Rio Grande do Sul.
A intenção é deixar em plenas condições de estrutura e atendimento especialmente seis postos que atuam nos corredores sanitários com Santa Catarina. Torres, Vacaria, Marcelino Ramos e Iraí já estão com as obras concluídas. O posto de Nonoai já está em projeto de retorma e, logo em seguida, será iniciado o trabalho em Barracão.