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Café: produtor investe em novas tecnologias para reduzir gastos com mão de obra

Na Femagri, cafeicultores encontram, por exemplo, máquina que separa grãos e ferramenta de manejo da lavoura

Fonte: Larissa Pansani

Os produtores que participam da Femagri, em Guaxupé (MG), estão investindo na compra de máquinas. O objetivo, claro, é aumentar a produtividade e reduzir os custos. E a feira é um ótimo lugar para conhecer novidades, pois na Femagri o cafeicultor encontra diversas soluções para ajudar no dia a dia do campo. 
Uma dessas novidades é um equipamento que separa o grão maduro do verde. Cada um sai por um lado. O grão maduro cai em um compartimento que retira a casca, e a semente já sai pronta para a próxima fase do processo pós-colheita. Resultado: o produtor consegue vender um café com muito mais valor no mercado.
Também está exposta na Femagri uma ferramenta multifuncional de manejo que se adapta à necessidade de cada cafeicultor. Ela possui três modelos de garra para diferentes tipos de plantas, e os tubos são ajustáveis de acordo com a altura do cafezal.
“As garras foram desenvolvidas para diferentes tipos de perfis de plantas, das mais adensadas às mais carregadas de café, passando pelas mais sobrepostas. A pessoa vem aqui, identifica qual que é garra mais adequada e leva o produto”, diz o consultor Diogo Baguinski.

Em um ano no qual a safra de café no Brasil deve ser pelo menos 15% menor em relação à anterior, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o produtor que visita a feira está disposto a investir em tecnologias que impulsionem a produtividade, mantendo o baixo custo de produção.
Ivanildo Gazola é um deles. Cafeicultor da região de Bauru (SP), em 2016 ele investiu cerca de R$ 100 mil em equipamentos. Este ano não deve ser diferente: “Acho que o conhecimento de novas tecnologias para a cafeicultura é essencial para nós. Hoje, a gente tem a mesma quantia de terra, mas com mais planta por hectare”, diz
Na Femagri, o produtor encontra preços e formas de pagamentos acessíveis. “Toda vez que o produtor sente que vai ter uma produção menor, ele tem que reduzir seu custo. Se não, não vai sobrar renda nenhuma. E como reduzir custo? Basicamente buscando meios para reduzir a mão de obra, maior custo na produção de café. O papel da feira é mostrar que existem soluções, que não tem de ficar desesperado”, afirma José Eduardo Santos Júnior, superintendente de desenvolvimento do cooperado da Cooxupé. 
Os números da Femagri indicam que o produtor está mesmo disposto a investir em um período de baixa safra. A estimativa é que cerca de 35 mil pessoas passem por Guaxupé até sexta-feira, dia 10, e mais de R$ 120 milhões em negócios sejam movimentados.
 

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