? Tenho visitado comunidades aterrorizadas e amedrontadas porque podem ser expulsas das suas áreas por uma lei absolutamente insensível às questões sociais. O país precisa ter sensibilidade, precisa pensar que a consequência da aplicação desta lei é um êxodo em massa do campo para a cidade ? comenta o deputado.
Rebelo ainda acredita que as mudanças no Código Florestal possam ser votadas até o final de março no Congresso Nacional. O deputado tem pressa, pois em 12 de junho termina o prazo do decreto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, no ano passado, adiou a entrada em vigor da lei.
? Se somarmos os problemas com reserva legal e área de preservação permanente, não sobra um pequeno e médio produtor que esteja dentro da lei. Alguns precisam pagar multas que custam três vezes mais que o seu patrimônio ? contou ele.
Se for mantido do jeito que está, o Código Florestal coloca na ilegalidade a maioria dos produtores de arroz que plantam em regiões de várzea. O Rio Grande do Sul é responsável por mais de 60% da produção nacional.
Na Expodireto Cotrijal, o deputado ganhou apoio do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, e do Presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, que participaram da cerimônia de abertura da feira.
O ministro permaneceu duas horas no evento, mas não deixou de defender os produtores rurais.
? Eu não aceito que ninguém queira dar lição aos trabalhadores desta terra sobre de que maneira se trata o meio ambiente ? discursou ele.
Marco Maia lembrou de um compromisso firmado com os trabalhadores durante a campanha eleitoral.
? A minha expectativa é de que ainda no mês de março, início do mês de abril, se possa votar o novo Código Florestal. O importante neste debate é que nós tenhamos a garantia da produtividade, da lucratividade da agricultura no Brasil ? prometeu.
A Expodireto Cotrijal segue até sexta, dia 18.