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Equipamentos de irrigação ajudam a manter venda de máquinas

Evento se encerra nesta sextaDepois de enfrentar perdas na safra de soja em sete dos 10 anos de sua história como produtor rural, o agricultor e engenheiro agrônomo Giancarlo Rubin, de Fortaleza dos Valos, finalmente vai concretizar o plano de contar com um sistema de irrigação na propriedade de 180 hectares.

Mesmo em um ano marcado pela crise internacional, o produtor fez as contas e decidiu ir às compras, apostando no aumento da produtividade. Rubin investirá R$ 319 mil em um conjunto de pivôs centrais para irrigar 56 hectares da plantação.

? Agora tenho um seguro, uma garantia da lavoura ? comemorou Rubin, depois de acertar detalhes da compra na Expodireto Cotrijal 2009, em Não-Me-Toque.

Investimentos assim movimentam a feira e ajudam a engordar as projeções otimistas das indústrias de equipamentos de irrigação, que preveem para 2009 um crescimento acima da economia brasileira e de outros setores da agricultura ? como as máquinas agrícolas, que nos dois primeiros meses do ano registraram queda de 1,8% nas vendas. É o caso da Fockink, que estima uma alta de 20% nos negócios no Brasil, e da Valley, que espera uma expansão de 30% apenas no Rio Grande do Sul.

Semente resistente à estiagem é pesquisada no Estado

Para o diretor-superintendente da Fockink, Siegfried Kwast, o crescimento acima da média, mesmo num ano de crise, reflete uma maior conscientização entre os produtores na busca por esse tipo de tecnologia. O executivo cita o exemplo gaúcho, de produtores que sofreram com o susto da estiagem em dezembro e janeiro e que, capitalizados com preços favoráveis, devem se voltar para a compra de equipamentos para irrigação.

O sistema de Rubin deve ser instalado em junho, garantindo-lhe a possibilidade de melhorar o plantio de verão, quase dobrando a produtividade e espantando o fantasma da estiagem.

? Por isso, daqui a dois anos devo ampliar para 86 hectares ? projeta.

O representante da Valley no Estado, Arno Schollmeier, acredita que a combinação entre a seca do final do ano passado com a crise ajudam a alavancar a procura por esses equipamentos. Os produtores deixam de investir em máquinas para ampliar a produção, como colheitadeiras, para garantir a renda no campo.

? Normalmente chegávamos na Expodireto para encaminhar negócios, mas esse ano chegamos com várias vendas fechadas ? diz Schollmeier.

A preocupação dos produtores com a seca se estende à área de biotecnologia. Segundo o analista da Embrapa Trigo Paulo Ernani Ferreira, pesquisas para desenvolver variedades de plantas resistentes às estiagens já estão en andamento. Já há sementes menos sensíveis à escassez de chuvas mas, nesse caso, com grande perda na produtividade.

? Vamos demorar uns 25 anos para ter variedades realmente resistentes no mercado ? afirma Ferreira.

As vendas de equipamentos para irrigação ajudam a impulsionar a feira, que vai até sexta.

Segundo o presidente da Cotrijal, Nei Mânica, a expectativa é repetir os R$ 300 milhões negociados no ano passado.

? Os financiamentos dos bancos cresceram, o que indica que devemos pelos menos repetir os números do ano passado ? prevê Mânica

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