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Especialistas discutem problemas da movimentação de grãos entre os Estados

Segundo Secretário de Agricultura gaúcho, dos 2,7 milhões de toneladas de soja produzidos no Estado, apenas 300 mil ficam para o consumo internoEspecialistas discutiram o valor do agronegócio brasileiro neste domingo, dia 25, na 36ª Expointer, agregação de valor, commodities e ascensão a outros mercados internacionais, tendo como pano de fundo a expectativa de que a produção de grãos deve chegar aos 186 milhões de toneladas na safra 2012/2013.

O secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, apontou alguns avanços e gargalos do setor. De um lado, destacou o investimento do governo Federal em armazenagem, cujos créditos para financiamento chegam a R$ 25 bilhões. De outro, retratou a situação que ocorre no Rio Grande do Sul, com as culturas do milho e da soja e que precisa ser resolvida.

Segundo ele, dos 2,7 milhões de toneladas de soja produzidos no Estado, apenas 300 mil ficam para o consumo interno. O restante é exportado para outros Estados. Aparentemente, não pareceria um processo tão estranho se o que falta para suprir a demanda não fosse importado, e com ICMS.

– Compromete as cadeias que precisam de grãos, como a de aves, por exemplo – falou o secretário.

Na questão do milho não é diferente, dois dois milhões de toneladas, praticamente tudo vai embora do Estado. No momento em que começa a faltar, importa-se do Centro-Oeste.

– Além de medida burra, ataca diretamente a questão da infraestrutura de escoamento. Não tem sentido ter que enfileirar 70 mil carretas, que dá a distância daqui a São Paulo, para trazer o mesmo produto produzido aqui e com imposto sobre ele – disse Mainardi.

Para Antônio Domingos Padula, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) que trabalha com pesquisas nas áreas de Competitividade Industrial, Estratégia Tecnológica e Agronegócios, 70% do agronegócio está fora da porteira. Ainda existe a falta de informação ou informações equivocadas sobre o que representa a cadeia, segundo o pesquisador. Embora o Brasil continue a ser celeiro de grãos do mundo, ele diz que “não dá pra seguir indo pra fora do país de forma mercantilista”. O mercado internacional não serve apenas para vender, afirma.

– Precisamos participar do processo de consumo e da economia dos outros países – disse Padula.

Na opinião do professor, há empresas globais tão aculturadas em outros países, inclusive no Brasil, que a população consome seus produtos e acham que são brasileiros. Como exemplo, cita a Brazil Foods, a Bunge, dentre outras. A palestra, promovida pela Federasul e Jornal Zero Hora, foi realizada na sede da RBS, na Expointer.

>> Acompanhe a cobertura completa da Expointer 2013

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