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Estrangeiros compram US$ 1,47 milhão em máquinas na Expodireto Cotrijal

Enquanto isso, produtores do Rio Grande do Sul analisam ofertasSem saber ao certo o resultado da safra de grãos, a venda de máquinas na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS), oscila entre cautela e ousadia. O receio dos agricultores gaúchos contrasta com a disposição de estrangeiros em comprar máquinas fabricadas no país.

Nessa terça, dia 6, no primeiro dia das rodadas de negócios da indústria metalmecânica, os resultados superaram a expectativa dos organizadores. Nove importadores de Angola, África do Sul, Argélia, Cuba e Egito e fecharam US$ 1,470 milhão em negócios com micros e pequenos fabricantes gaúchos. Nesta quarta, dia 7, outros 15 compradores da América Latina irão sentar-se com empresas do setor.

– Neste ano, as vendas externas terão um impacto maior nos negócios da feira – aposta Evaldo Silva Junior, coordenador da área internacional da Expodireto.

No ano passado, as vendas feitas por compradores internacionais somaram cerca de R$ 15 milhões. A estimativa é de no mínimo dobrar esse valor, levando em conta os negócios envolvendo outros produtos, como carnes, grãos e derivados lácteos.

Depois da seca no Sul
Enquanto alguns agricultores apostam em tecnologia para recuperar as perdas da seca nas próximas safras, outros estão condicionando o investimento ao resultado da colheita que se aproxima.

– Temos uma feira com muitos pedidos, sujeitos a confirmação ou não até o fim do mês, quando a colheita já terá ganhado forma – diz Carlos Sperotto, presidente da Federação da Agricultura no Rio Grande do Sul (Farsul).

Nos dois primeiros dias da feira, a procura por máquinas foi intensa, porém expositores aguardam maiores volumes de vendas a partir desta quarta, dia 7.

– A seca deixou o agricultor um pouco assustado – diz Claudio Bier, presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul.

Apesar de o volume maior de vendas tradicionalmente se concentrar na quarta e quinta-feira, Bier acha pouco provável que o cenário seja totalmente revertido até o final da feira.

– Ainda há tempo para o produtor se animar e investir, até porque, diferentemente da seca de 2005, neste ano o agricultor está capitalizado após duas safras recordes – acrescentou Bier.

Embora ainda não tenham balanços parciais, instituições financeiras esperam uma melhora nas vendas a partir desta quarta. Normalmente, 80% das compras são financiadas por meio de linhas de crédito e o restante pago à vista ou via consórcio – este último voltado somente a tratores.

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