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– Estamos avaliando a possibilidade de estender a Expoagro por mais um dia, para ter pelo menos o sábado ou domingo na programação. Seria uma forma de alavancar as vendas das agroindústrias, cujo público-alvo é o cidadão urbano – explica.
Tradicionalmente, a feira tem como objetivo valorizar a diversificação das lavouras de tabaco. Desta forma, conforme Werner, é possível garantir ao produtor maior segurança em relação à geração de renda nas propriedades.
– A participação do fumo no caixa dos agricultores caiu de 70% para 50% nos últimos anos. É essa redução que buscamos todos os anos. As indústrias também apoiam o plantio de outras culturas, para que não haja dependência somente do tabaco para o sustento. A agricultura e pecuária devem servir como aliadas na produção para o consumo próprio e também para abastecer a agroindústria. Estamos todos do lado do produtor – aponta.
Para o presidente da Emater/Ascar, Lino de David, reunir alternativas de inovação em feiras voltadas para o agronegócio é uma forma de promover o desenvolvimento de cada região. E afirma que diversificar as plantações pode solucionar problemas que vão além do campo.
– O tabaco é uma cultura muito importante. No Rio Grande do Sul, são cerca de 100 mil famílias envolvidas no setor. Temos o desafio de construir formas de os produtores permanecerem na atividade, em função de toda a questão de saúde pública e a luta contra o tabagismo no mundo. Por outro lado, também temos o grande desafio de suprir a demanda da humanidade por alimentos. Então, precisamos ampliar a capacidade produtiva dessas lavouras, para disponibilizar mais comida e aumentar a renda. Para isso, colocamos à disposição toda a nossa estrutura, em termos de pesquisa e tecnologia – diz.
Para a próxima edição da Expoagro Afubra, são esperados aproximadamente 60 mil visitantes. Pelo menos 300 expositores de máquinas, equipamentos, tecnologia e animais, bem como agroindústrias, devem participar da mostra.
Exportação para a China
Santa Catarina e Paraná devem passar a exportar tabaco para a China até o início do próximo ano. A expectativa é do presidente da Câmara Setorial do Tabaco, Romeu Schneider, que também participou do evento. Segundo ele, a notícia de que Bahia e Alagoas poderão embarcar o produto para o país asiático abre uma grande perspectiva de lucratividade para os produtores.
– Acreditamos que as vendas destes dois Estados do Sul sejam liberadas ainda este ano, apesar de não haver um prazo definido. Nós conseguimos provar que não há mofo azul no Rio Grande do Sul nem nas demais regiões produtoras já autorizadas. Então, o caminho agora se tornou mais curto. As entidades do setor, o Ministério da Agricultura e os governos estaduais estão prestando toda a assistência e trabalhando juntos para a abertura deste mercado – pontua.
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