Acostumados a exposições semelhantes realizadas em áreas cobertas em seus países, representantes europeus relataram na segunda o espanto com o tamanho das máquinas agrícolas e da estrutura montada ao ar livre.
Buscando programas de cooperação com organizadores de feiras agrícolas no Leste Europeu, o sérvio Svetozar Krstic, secretário da Câmara de Comércio de Belgrado, lembrou que os eventos em sua região têm, no máximo, uma pequena área aberta e elogiou a diversidade de implementos:
? É impressionante.
Pela primeira vez no Brasil, o búlgaro Vladimir Chirikov, da Icap Bulgaria, trabalha para aproximar pequenas e médias indústrias de máquinas brasileiras a potenciais compradores de Bulgária e Romênia. A prioridade é a busca por maquinário para agricultura familliar. A tecnologia de ponta empregada nas máquinas também chamou a atenção do holandês Erik Baudoin, representante chefe da Agência Comercial Holandesa para o Sul do Brasil, de olho em parcerias comerciais e de produção entre empresas de médio porte.
A presença dos estrangeiros reflete a crescente aposta na internacionalização do evento que, neste ano, ganhou o nome de “feira internacional”. Para isso, a organização negociou a vinda de grupos de importadores e membros de câmaras de comércio, além de parcerias com feiras agrícolas da União Europeia. A iniciativa fez quadruplicar o número de importadores presentes e sustenta a perspectiva de um faturamento oito vezes maior nos negócios com estrangeiros. Segundo Evaldo Silva Junior, assessor internacional da Expodireto Cotrijal, é o caminho para viabilizar a venda de máquinas brasileiras para a Europa ou encaminhar a formação de joint-ventures com fábricas ou distribuidores de outros países.
Aberta na manhã dessa segunda, a 11ª edição da feira vai até sexta, dia 19, com perspectiva de superar os R$ 357 milhões em negócio fechados no ano passado. Na abertura, a governadora Yeda Crusius afirmou que o evento deve registrar negócios em alta porque o Estado está perto de uma supersafra.