Mesmo com a baixa cotação dos grãos, a projeção de safra histórica no Rio Grande do Sul aliada ao crédito garantido pelos bancos e aos programas de aquisições de maquinário agrícola deve impulsionar o faturamento da feira e, segundo os organizadores, superar o recorde próximo a R$ 357 milhões alcançado em 2009.
Nesse clima de retomada ? que deverá ser conferido pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, amanhã ?, produtores se preparam para investir. Serão mais R$ 315 milhões liberados por instituições financeiras para aquisições (veja box).
?Tenho intenção de comprar mais um trator. Com certeza vou encontrar boas oportunidades em Não-Me-Toque ? afirma o agricultor Aloísio Azevedo, 45 anos, de Passo Fundo.
Irmfried Schimiedt, do conselho de administração da Cotrijal, antecipa que a expectativa é de que o “grande” entusiasmo dos cooperados se transforme em negócios.
Otimismo acompanhado de perto por Ernani Lange, gerente comercial da Augustin, revendedora da Massey Ferguson com sede em Não-Me-Toque e filiais em outras sete cidades. Desde a primeira edição, Lange lança na Expodireto suas esperanças de conseguir negociar em cinco dias tudo que costuma vender em dois ou até três meses de faturamento:
? Acho que esta abundância de crédito no mercado vai ajudar muito.
Para Cláudio Bier, presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas Agrícolas do Estado, a Expodireto deve ser termômetro de um bom período para o agronegócio.
As linhas de financiamentos como o Mais Alimentos ? para tratores de baixa potência com juros acessíveis aos pequenos produtores ? e o Finame PSI ? com juros de 4,5% ? devem ser responsáveis por boa parte dos negócios fechados no evento.