– Todos os camelôs, mesmo estando no aperto, vêm para a Expointer, porque vale a pena. Aqui a gente ganha umas cinco vezes a mais do que no nosso estabelecimento normal – conta Silvério Perfeito, de Porto Alegre.
Ele tem uma barraca de crepe do lado de fora do parque e participa da Expointer pela segunda vez. Perfeito espera um público maior este ano, devido à expansão da linha do trem que passa em frente.
– A vista que tenho daqui quando o trem passa é impressionte. Sai muita gente, parece um formigueiro de pessoas.
Rosane de Oliveira Ribeiro, comerciante de Esteio, também monta sua barraca de bonés e óculos de sol do lado de fora. A justificativa é o preço do aluguel dos estandes dentro do parque.
– Os valores são altíssimos. Lá dentro eu venderia mais, mas não tenho como bancar – constata.
A coordenadora da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) Neusa Zoch fala sobre o custo de locação no pavilhão de artesanato gaúcho.
– O preço depende dos patrocinadores. Na 35ª edição da Expointer, com o apoio do Banrisul, os artesãos cadastrados no programa da FGTAS pagaram uma taxa de quase R$ 600 reais – conta.
O aluguel, segundo ela, é praticamente insignificante quando comparado aos valores que os artesãos lucram em nove dias de feira. Segundo registro da fundação, apenas no primeiro dia da exposição, o pavilhão movimentou mais de 90 mil reais.
Nesse espaço está Teresinha Leuk, que é tecelã há 30 anos e participa de sua quarta Expointer. O negócio de Leuk é feito em parceria com o marido: enquanto ele faz as máquinas de tear manuais, ela produz peças de vestuário. A venda de seus produtos durante a Expointer é tão boa que a comerciante declara ter tranquilidade financeira.
– Hoje posso escolher as feiras que vou. No máximo umas três por ano.
>> Um grupo de estudantes de Jornalismo da Unisinos foi até a Expointer para fazer uma cobertura inusitada da feira. Confira a terceira edição do projeto Expointer Universitária!