O gotejamento é uma técnica criada em Israel que visa à economia de recursos hídricos e de adubo. Nesse sistema, a água corre sob pressão por tubos de polietileno até a raiz da planta. Como a água penetra diretamente no solo, seu aproveitamento chega a 95%. Se essa técnica for aliada à fertirrigação, o solo absorve mais rapidamente os nutrientes, evitando desperdício. Em cerca de um ano, a produção já oferece resultados.
O sistema não é novo, mas vem passando por muitas modificações. Já existem pesquisas sobre esse tipo de irrigação para áreas maiores. Nesse sistema, a água de um açude é puxada pela força de uma bomba e levada até um tanque, depois passa para outro tanque, onde se encontram os nutrientes para a fertirrigação. Após esse processo, a água é bombeada fortemente para os tubos de irrigação, mas chega lentamente à planta em forma de gotas. Como a água não se deposita de uma única vez, e sim de forma gradual, a absorção da água fertirrigada pela planta é maior.
A fertirrigação alia-se com o gotejamento. Inclui nitrato de cálcio, potássio e superfosfato. O cálcio se faz necessário para o desenvolvimento de frutos, raízes e caules; o potássio ajuda no crescimento e no equilíbrio de água nas plantas; e o superfosfato diminui a perda de amônia e, consequentemente, a perda de nitrogênio.
O engenheiro agrícola Lauricio Madaloz, do grupo Hidrosistemas, afirma que alguns cuidados são necessários para o bom funcionamento do sistema.
– Para não entupir os emissores, a água deve estar perfeitamente limpa – explica.
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No caso de entupimento de gotejadores, podem ser usados diversos produtos para a desobstrução, como o cloro, o peróxido de hidrogênio e ácidos. As causas de obstrução são interações entre fatores físicos, químicos e biológicos. Problemas assim podem diminuir a vida útil dos tubos, que é de dois a três anos. O custo desse sistema para área de um hectare gira em torno de R$ 7 mil a R$ 8 mil.
O gotejamento é mais amplamente utilizado em citros, como tomate, maçã e pera, e não é adequado para pastos por causa da extensão do terreno. Nesse último caso, o pivô central segue como opção preferencial.
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