A cerimônia de abertura oficial da Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador aconteceu nesta quinta, dia 16, no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte (MG). O evento deve receber mais de 150 mil visitantes.
Durante a abertura foi anunciado o tema principal da exposição, que este ano destaca o projeto social Marchadores pela Vida. Para arrecadar fundos para o programa, vai ser destinada uma verba de um dos cinco leilões oficias da feira.
– Todos os lotes são de doações, são criadores doando para o projeto e a liquidez é 100% do projeto. O recurso entra no projeto Marchadores pela Vida, que realiza a distribuição desse lucro entre instituições que já foram visitadas – explica a coordenador do projeto Andrea Menegat.
Na cerimônia, membros da associação da raça destacaram a importância do segmento para a economia brasileira. Segundo um levantamento realizado pela Comissão Nacional do Cavalo, o setor de equinos movimenta cerca de R$ 7,5 bilhões por ano e é responsável pela manutenção de quase 650 mil empregos diretos.
– É um produto de assessoria pecuária, é um produto que serve para cavalgada, é um produto que serve para a indústria e, principalmente, ele marcha, a grande característica da raça é a marcha, no mundo nós temos poucas marcas de marcha e nenhuma tem o volume que tem o Mangalarga Machador – define o vice-presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), Antônio Sérgio Quadros.
O Brasil possui mais ou menos 480 mil cavalos da raça registrados na associação. Só no ano passado, a venda destes animais em feiras e leilões movimentou mais de R$ 350 milhões. Mesmo com um dos maiores rebanhos de equinos do mundo, o país ainda não consegue comercializar este produto no mercado externo. Segundo levantamento feito pela ABCCMM, todos os anos o país deixa de exportar milhares de animais por conta de questões sanitárias.
– Infelizmente, nós atravessamos um período de bloqueio em praticamente todo o país por causa do mormo. O Ministério da Agricultura está se esforçando para encontrar uma solução que seja reconhecida pela comunidade econômica europeia para a gente conseguir fluir. Nós temos um levantamento feito pela associação europeia do Mangalarga Marchador, onde a Europa, baseado no Centro da Alemanha, é capaz de absorver em um curto prazo mais de 80 mil animais – relata Quadros.
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