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Expozebu: tecnologia aumenta produtividade e reduz trabalho no campo

Feira mostra mais de 30 empresas com tecnologias voltadas para a pecuária sustentávelUma motocicleta que pode realizar o plantio de qualquer semente granulada é uma das novidades da Expozebu Dinâmica, o evento que acontece esta semana em Uberaba, Minas Gerais.

Fonte: Canal Rural

O aparelho custa cerca de R$ 1.400.

– Ela vem com um assessório para que a cultura não enrosque na roda, no caso do plantio de soja, ela abre as linhas e o produtor já consegue jogar a semente, no caso uma braquiária, para quando você realizar a colheita da soja, você não perder tempo para plantar a braquiária – ensina o técnico da Embrapa Meio Ambiente Anibal Eduardo Vieira.

Na feira, são mais de 30 empresas que apresentam tecnologias voltadas para a pecuária sustentável. Nos mais de 50 hectares de áreas demonstrativas, os produtores podem acompanhar palestras técnicas sobre preparo de silagem, recuperação de pastagens e manejo técnico dos animais.

– A gente espera que os produtos ligados à pecuária, que é o foco principal da Expozebu Dinâmica, tenham uma liquidez adequada, que os expositores saiam satisfeitos. Outro fator importante é que não é uma feira especificamente só de venda de máquinas, é uma feira que traz muitas tecnologias na área de forrageiras – conta o coordenador, João Gilberto Bento.

Ao todo são 25 estações com mais de 60 tipos de forrageiras para serem utilizadas no sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. Em um campo experimental, a braquiária e o eucalipto foram plantados após a colheita do milho. A técnica é conhecida como Sistema Santa Fé. O objetivo é utilizar subprodutos da agricultura para aumentar a produção da pecuária. Segundo o pesquisador da Embrapa João Kluthcouski, no Brasil, a técnica já é utilizada em quase três milhões de hectares. Só no estado de Mato Grosso são quase 500 mil hectares.

– Com esse sistema, nós podemos chegar facilmente a três, cinco unidades animal por hectare e isso nós já estamos conseguindo em solos arenosos. Tem casos que você chega até a seis u/a por hectare, mas isso é nas águas, logo que você entra com a boiada, mas quatro u/a por hectare é nosso grande potencial – calcula o pesquisador Kluthcouski.

Para a pecuária leiteira, a atração principal foi o lançamento de novas cultivares para o sistema de produção a pasto. O produto é específico para regiões com índices pluviométricos superiores a mil milímetros por ano. O potencial de produção é 25% superior a outras variedades tradicionais.

– Outra grande vantagem desse cultivar é a alta taxa de lotação, é um cultivar que quando trabalhado no solo de boa fertilidade, pode suportar taxas de lotações de uma a duas unidades animal por hectare. Você consegue produzir mais leite por hectare ao ano – garante o engenheiro agrônomo Guilherme Montans.

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