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O segmento leiteiro é uma das principais atividades agropecuárias do Estado. O Rio Grande do Sul é segundo maior produtor do Brasil, com mais de 4 bilhões de litros por ano. O presidente da Cooperativa Piá, Gilberto Kny, destaca que o valor pago ao leite aumentou 4% e a produção cresceu 10,5% nos meses de maio e junho deste ano.
– O preço do leite está se estabilizando. Estamos vivendo um cenário muito positivo para o setor. O pequeno e médio produtor está tendo mais acesso a linhas de crédito e está investindo na propriedade – disse.
O presidente da Ocergs-Sescoop-RS, Vergilio Perius, disse que o Estado possui 121 mil sócios ligados ao setor leiteiro.
– O setor do leite agrega mão de obra e tem incentivado o produtor a se manter na propriedade. Isso gera mais riqueza ao Estado – salienta.
Perius destaca que o Estado possui mais de dois mil técnicos que auxiliam as cooperativas.
– Investimos um valor de R$ 2 milhões para ajudar o produtor. Para incentivar no uso de tecnologia. Além de programas de informação e cultura – destaca.
Segundo Perius, em 2012, o setor faturou R$ 29,5 bilhões, um crescimento de 8%.
– O segmento vem crescendo nos últimos anos. O ano de 2012 foi muito bom, conseguimos atingir um Produto Interno Bruto (PIB) de 11,48% – ressalta.
O Rio Grande do Sul é responsável por cerca de 11% da produção nacional de leite, produz por dia, 17 mil litros do alimento, diz Perius. Ele acredita que o setor vai crescer ainda mais nos próximos anos.
– Tenho certeza de que podemos chegar aos 20 mil litros por dia. Conseguimos crescer e vamos nos desenvolver. Podemos evoluir fortemente, pois o setor é o que mais gera empregos. Precisamos contratualizar nossos produtores. Queremos trabalhar diretamente com o produtor para seguir crescendo – afirma.
O coordenador da Câmara Setorial do leite, João Milton Cunha, enfatiza que programas do governo em parceria com as cooperativas devem contribuir para que o setor mantenha os bons resultados.
– Sabemos que existem muitos gargalos para serem resolvidos. Mas estamos fazendo um alinhamento estratégico para solucionar e manter os bons resultados – disse.
De acordo com Cunha, um convênio com seis cooperativas do Estado, e outras entidades, estão aderindo ao programa Programa de Desenvolvimento da Cadeia do Leite no Rio Grande do Sul (Prodeleite-RS), que tem propostas para a organização e a sustentação da cadeia produtiva do leite, que incidirão sobre a alimentação, a sanidade, a genética e o manejo, com um planejamento estratégico para os próximos 10 anos e a consequente elevação do PIB do setor.
– Esse programa, junto com tantos outros criados para a melhoria do setor, deve fazer com o segmento cresça ainda mais no Estado. Estamos otimistas com a cadeia leiteira e tenho certeza que vamos dobrar a produção de leite nos próximos 10 anos – concluiu.