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Fórum Nacional da Soja debate transgenia agrícola e tendências econômicas para 2013

Tradicional evento fez parte da programação da 14ª Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS)Pesquisadores e especialistas debateram as novidades tecnológicas do mercado da soja e as tendências econômicas para 2013 no 24º Fórum Nacional da Soja, realizado na terça, dia 5, dentro da programação da 14ª Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS). Diante da demanda crescente pelo grão, o aumento da produtividade das lavouras, com ajuda da biotecnologia, foi o tema central do primeiro painel do dia.

José Ruedell, pesquisador da CCGL Tec, abordou em sua palestra os benefícios do uso da transgenia agrícola nas lavouras brasileiras de soja. Para ele, a redução do consumo de água e de defensivos nas plantações, além da menor necessidade de aumento de área cultivada para manutenção e incremento de produtividade, são as principais vantagens das sementes melhoradas geneticamente. 

– Dentre todos os países no mundo, o Brasil é o que mais cresce na adoção das sementes transgênicas. Embora estejamos em segundo lugar, atrás dos Estados Unidos, o crescimento tem sido na média de 24% ao ano – informou o painelista.

Os altos investimentos dos produtores rurais brasileiros em melhoramento genético explicam o interesse em torno da soja Intacta RR2 PRÓ. Segundo Ruedell, a nova espécie se diferencia das tecnologias anteriores devido à proteção contra as principais lagartas que atacam a cultura da soja, a alta produtividade das plantas e a tolerância à aplicação de glifosato.

– Os resultados dos nossos estudos sobre a Intacta apontam que essa tecnologia pode representar, de uma só vez, um avanço equivalente de seis a oito anos nas lavouras de soja, dependendo de cada área do país. Agora, é o produtor que deve decidir se vale a pena, ou não, optar por esse novo produto – finalizou Ruedell.

As tendências para a economia brasileira e mundial em 2013 foram abordadas na sequência por Marcelo Savino Portugal, professor dos programas de pós-graduação em Economia e Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). As projeções de Portugal apontam para crescimento de 3% no PIB brasileiro em 2013.

Segundo ele, a indústria deve apresentar o menor crescimento entre os três setores pesquisados. Na comparação com os resultados do ano passado, os serviços devem se manter estáveis e, o PIB agropecuário, “deve dar um salto” em relação ao ano passado, quando foi registrada queda de 2,3%.

O aumento da produção brasileira de soja, especialmente no Rio Grande do Sul, deve ter grande influência no bom desempenho previsto para o PIB gaúcho em 2013. Após fraco desempenho no ano passado, quando a agricultura foi fortemente prejudicada pela estiagem na região, o Estado deve crescer quase 6% esse ano.

Portugal avalia que o atual valor de US$ 14 por buschel pago pela soja no país não é ruim historicamente. O economista acredita ainda que os preços da soja não devem nem apresentar altas muito expressivas em 2013, principalmente em função do cenário de crise na economia mundial, nem voltar aos patamares baixos verificados há alguns anos.

>>Acompanhe a cobertura da 14ª Expodireto Cotrijal no site especial do evento

 

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