O ano será complicado para a agricultura do país e a gestão adequada para conseguir uma rentabilidade maior será o tom desta safra. Este foi o resumo que fizeram todos os palestrantes do 2º Fórum Soja Brasil – safra 2017/2018, em Esteio (RS). Puxado pelo clima de inovação da Expointer, o evento que aconteceu dentro da Arena Canal Rural recebeu mais de 140 pessoas, que não só ouviram atentamente como participaram do debate através de perguntas.
Antes mesmo de começarem as palestras, alguns dos mais importantes representantes do setor fizeram importantes considerações sobre as condições atuais do país. Uma presença ilustre no evento era secretário executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, que fez questão de ressaltar que o setor agrícola é uma prioridade do governo e por isso a preocupação em desburocratizar alguns processos para facilitar o avanço de questões pendentes.
“Em cinco anos, queremos passar de 7% para 10% a participação brasileira no comércio internacional. Por isso lançamos o plano AgroMais, onde ouvimos os problemas vindos do campo, e tentamos desburocratizar processos. Até agora já desenrolamos pelo menos 750 problemas no setor”, garante Novacki.
Na sequencia, Marcelo Gravina, do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), subiu ao palco para apresentar a palestra “Desafios da cultura da soja nesta safra”. Nela o professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) falou que o uso de tecnologias transgênicas chegou a 96,5% da área de soja no Brasil e não deve crescer muito mais do que isso, ou diminuir. “Depois de 25 anos, o uso de transgênicos se estabilizou no país. O que veremos daqui para frente é a diversificação dos eventos. Atualmente temos dois muito usados, um resistente a herbicidas e outro a insetos e agroquímicos”, diz Gravina.