O agronegócio pode se apresentar mais uma vez na Marquês de Sapucaí, no Carnaval do Rio de Janeiro. Mas, se em 2017, houve muita polêmica – quando a tescola de samba Imperatriz Leopoldinense retratou o setor em uma de suas alas como uma espécie de vilão –, ao que tudo indica, no próximo ano, o enredo deve ser outro, mais postivo: história dos zebuínos no Brasil.
Marcos Rosa, produtor, historiador e autor de enredos do Carnaval carioca, e Alexssander Gomes, também produtor, além de cantor e captador de recursos, estão visitando a ExpoZebu deste ano para apresentar a ideia à pecuaristas e à associação de criadores de raças zebuínas. Para eles, este é o momento de mostrar para o mundo que a carne brasileira é forte.
“Tivemos uma operação da Polícia Federal, que taxou a nossa carne como fraca, quando foram 0,3% dos produtores que tiveram o problema; mas os outros quase 100% sofreram com essa acusação. A nossa proposta é dar uma resposta para um enredo que foi equivocado e que causou um dano moral, mostrando que a nossa carne é zebu e é forte. É uma resposta para esse acidente que a cadeia produtiva sofreu. Tanto que sofreu uma paulada forte e não envergou, porque o Brasil é agro”, disse Rosa.
De acordo com os produtores, a ideia é mostrar na avenida a evolução histórica e econômica dos zebuínos. Desde a vinda do gado da Índia até os dias atuais, quando os indianos procuram no país uma fonte de tecnologia genética.
Cerca de cinco escolas de samba do Rio já mostraram interesse em levar o tema para o desfile, e Marcos Rosa acredita que, com a parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), será possível encontrar empresas que tenham interesse em colaborar, viabilizando o projeto.