O presidente da feira demonstrou os números das lavouras gaúchas e onde eles podem chegar com as novidades tecnológicas.
? Hoje, a média do Rio Grande do Sul em soja é 42 sacos por hectare e na área de ação da cotrijal já estamos com 55. O milho, no Rio Grande do Sul, a média é de 81 sacos por hectare e na área de ação da Cotrijal são 172 sacos por hectare. Isso é uma média americana. E nós sabemos e vamos ter muitos lançamentos de novos produtos na Expodireto que as empresas ainda querem fazer a divulgação mais próximo da Expodireto, aonde teremos variedades que o milho, de até 200 sacos por hectare poderá se produzir 400 sacos por hectare e a soja que está no patamar de 60 sacos produzir 100 sacos por hectare ? esclarece o presidente da Expodireto Cotrijal, Nei Mânica.
Tecnologia é o principal assunto na Expodireto. No ano de 2010, o volume de negócios passou dos R$ 500 milhões. Números que as indústrias esperam superar em 10% na próxima edição.
? A expodireto é a primeira grande feira do estado. Vai ter lançamento de máquinas e ela representa muito. Ela mexe com no mínimo dois meses de faturamento das empresas ? informa o presidente do Simers, Claudio Bier.
Mais de 50 países como China e Alemanha, vão levar seus estandes para o norte gaúcho.
? É uma feira que tem uma característica diferente. Não é uma feira de festa, é uma feira de negócios e de apropriação tecnológica e de conhecimento. Então é uma feira onde um conjunto de temas passam a ser pauta de discussão de todos os visitantes, de modo especial os agricultores que vão lá para conhecer o avanço tecnológico e também se apropriar deste conhecimento para levá-lo a sua propriedade ? diz o secretário de desenvolvimento rural, Ivar Pavan.
A escolha por Porto Alegre para o lançamento busca mobilizar autoridades e lideranças do agronegócio, inclusive internacionais, uma vez que investidores de mais de 50 países participarão da feira. A previsão é superar os 168,5 mil visitantes e os R$ 512 milhões em negócios da edição passada.
O otimismo para a edição deste ano é justificado pelo cenário positivo no agronegócio. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra atual deve chegar a 24,31 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul ? a segunda maior da história. A quantidade de chuva no norte do Estado deve compensar as perdas devido à estiagem e superar os 2,1 mil quilos por hectare.
Os preços das commodities consolidam o quadro. A cotação do milho registra alta de 60% e a da soja, de 35%, em relação ao ano passado.
? Tudo isso dá tranquilidade ao produtor, que chega à feira sem quebra acentuada na lavoura, com preço forte e disposto a investir ? afirma o consultor Carlos Cogo.
No setor de máquinas, a prorrogação das linhas do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), operadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve contribuir para mais negócios.
?Projetamos um incremento de 10% nos negócios ? diz Cláudio Bier, presidente do Sindicato da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas do RS (Simers).
Pelo menos R$ 450 milhões de crédito estarão disponíveis na feira, segundo as instituições financeiras.
? O cenário atual é de grande otimismo e promete impulsionar os negócios ? acrescenta Carlos Ponzoni, gerente de planejamento do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).