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COP26

Mourão aposta em hidrovias e portos para desenvolvimento da Amazônia

O vice-presidente do Brasil falou sobre o trabalho do Conselho Nacional da Amazônia Legal e fez um diagnóstico das vulnerabilidades da região

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, participou de um painel da 26ª Conferência entre as Partes (COP26) nesta quinta-feira, 4, diretamente de Brasília.

Como presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, ele fez um balanço das ações e elencou medidas prioritárias, na visão dele, para o crescimento socioeconômico da região, priorizando, por exemplo, melhorias em portos e hidrovias.

“A Amazônia abre um leque de oportunidades enorme. O potencial do ecoturismo é fantástico. O que precisa é melhorar a infraestrutura para receber esses turistas. Precisa haver mais divulgação. A vocação é total para o turismo, mas precisamos de mais estrutura hoteleira”, declarou.

Para isso, o vice-presidente do país defendeu a necessidade de mais financiamentos. “Precisamos casar projetos que exploram a biodiversidade da floresta e pessoas com capacidade de investir. É importante que [os investidores] entendam que há, ali, retorno a seus investimentos”, disse.

A exploração da Amazônia Legal, segundo Mourão, também é importante “para que as pessoas que vivem da floresta tenham melhores condições de entregar seus produtos”, como é o caso do artesanato e da agricultura familiar sustentável.

Conselho

Na palestra, o vice-presidente do Brasil falou sobre o trabalho do Conselho Nacional da Amazônia Legal, que fez um diagnóstico das vulnerabilidades da região para, então, implementar ações de proteção da floresta nativa e desenvolvimento das comunidades. “Costumo dizer que falar ‘desenvolvimento sustentável’ para a região amazônica é um pleonasmo, porque não há como falar de desenvolvimento nessa região sem que ele seja sustentável”, ressaltou.

Hamilton Mourão na COP26. Foto: Zack/MMA

Em resumo, Mourão definiu que a atuação do Conselho tem o objetivo de “melhorar o combate a ilegalidades; melhorar o sistema de monitoramento; buscar financiamento para projetos de desenvolvimento e para a bioeconomia; além de recuperar a capacidade operacional de órgãos de fiscalização”.

Forças Armadas

O Exército Brasileiro também participou de um painel da COP26, em Brasília, nesta quinta-feira. O diretor de Patrimônio Imobiliário e Meio Ambiente, general de divisão Paulo Valença, destacou que a instituição é responsável por proteger as regiões de fronteira e, portanto, atuam em todos os biomas brasileiros.

“Se somarmos todas as áreas que estão sob administração do Exército Brasileiro, são 24,4 mil quilômetros quadrados, quase o tamanho do Haiti”, afirmou durante a palestra. Ele mencionou que a instituição conta com cerca de cem especialistas em meio ambiente, desde servidores de carreira, até pessoas civis contratadas. “O Exército é verde, preserva, busca recuperar, sinaliza suas áreas, faz a vigilância”, afirmou.

O oficial exemplificou algumas atividades que a instituição executa na preservação do meio ambiente e na conservação dos recursos naturais, como a implantação de sistemas de tratamento de água e esgoto, além de instalação de placas solares nos quartéis.

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