Com essa perspectiva, o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers), Claudio Bier, estima que as vendas acumulem pelo menos os R$834,7 milhões de 2011. Os equipamentos de irrigação, com espaço de 3 mil metros quadrados, são a grande aposta da feira.
Com a experiência de quem atua na Expointer há 32 anos, o veterinário José Arthur Martins, integrante do grupo técnico de rastreabilidade da Secretaria Estadual de Agricultura, afirma que os produtores se acostumaram a superar eventuais dificuldades impostas pelas conjunturas do mercado e do clima.
– A Expointer é sempre um lugar de investimento – afirma Martins.
O uso de técnicas e equipamentos adequados permite um controle cada vez maior sobre a produção.
– A primeira coisa que os produtores pensam quando se fala em uso de tecnologia é aumento da produtividade ou racionalização de insumos. É importante desmitificar isso. A tecnologia também nos ajuda a estabilizar a produtividade – diz o professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Telmo Amado, doutor em Ciência do Solo.
Coordenador do Projeto Aquarius, focado em agricultura de precisão, Amado garante que na última década a tecnologia foi uma importante aliada dos produtores. Com base em instrumentos como o tráfego controlado, o uso de GPS com correção em tempo real e o piloto automático, foi possível reduzir de 30% a 50% as perdas na soja:
– Comparando a seca de 2011/2012 com a de 2004/2005, a quebra foi bem menor devido à tecnologia. Percebemos que o impacto foi maior nas propriedades com menor uso da tecnologia.