Entre as novidades está um avião agrícola com ganhos na produtividade, conforto e um dos únicos do mundo produzido em série para voar com etanol. A aeronave é usada, principalmente, na pulverização de fertilizantes e defensivos agrícolas, e evita perdas por amassamento na cultura e flexibiliza a operação. O avião tem sido demandado nas culturas de algodão, arroz, cana-de-açúcar, grãos, café e algumas outras. Ele também pode ser utilizado para espalhar sementes e combater vetores e larvas
Outro lançamento é a da colhedora de cana-de-açúcar que reduz o consumo de combustível em até 8%, melhora ainda mais a limpeza da cana colhida, além de aumentar a produtividade operacional, o que representa menos emissão de carbono e colabora na redução dos impactos ambientais.
Há também equipamentos pulverização, adubação, colheita do café e outras culturas, como também para a agricultura de precisão.
Avaliação: dólar melhora exportação, mas Brasil perde competitividade
Apesar da alta de 30% nas exportações em 2015 ante igual período de 2014, por conta da valorização do dólar, o Brasil é considerado um país de alto custo e de menor competitividade do que os concorrentes Índia e China no mercado internacional de máquinas agrícolas.
A avaliação foi feita por executivos da AGCO, dona de marcas como Massey Ferguson e Valtra, durante a Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), em Ribeirão Preto (SP).
– Com o dólar estamos voltando a novamente ser competitivos – disse Alfredo Jobke, diretor de Marketing da AGCO na América Latina.
Até 2005 ou 2006, sgundo o diretor comercial Massey Ferguson, Carlito Eckert, o país exportava o mesmo que vendia no mercado interno. Desde então (com o dólar desvalorizado) o Brasil deixou de ser país de baixo custo e perdeu a competição para outros países.
Além do dólar, outra preocupação da companhia são as incertezas sobre as condições de financiamento para a safra agrícola 2015/2016. Para Eckert, em um cenário no qual o governo sinaliza juros próximos à inflação deste ano, em torno de 8%, o volume de recursos se torna o fator fundamental para gerar negócios no setor.
– Tendo dinheiro vai ter demanda – resumiu o executivo.
Até agora, no entanto, o segmento patinou no primeiro trimestre de 2015. As vendas de colheitadeiras recuaram 42% ante igual período de 2014, de 2.022 para 1.174 unidades. Já as vendas de tratores caíram 13,9% em iguais períodos, para 9.750 unidades.
A feira vai até o dia 1º de maio, em Ribeirão Preto (SP).