Diretor técnico da entidade, José Ernesto Ferreira credita a maior procura dos produtores aos novos prêmios.
– Há quatro anos, o circuito Exceleite foi criado e oferece um carro zero-quilômetro para o vencedor e um quadriciclo para o segundo colocado. Isso atrai os produtores. E tem também o bom momento do leite, que aumenta o interesse – explica Ferreira.
Genética dos animais é o grande atrativo da feira
O avanço da produção ocorreu com a chegada de gigantes do setor lácteo ao Estado. Além de absorver grande parte da produção, as empresas criaram programas de acompanhamento. A evolução tecnológica levada às propriedades reduziu custos, e foi a grande aliada da genética, aprimorada ao longo de décadas.
– A genética sempre foi o principal apelo da Expointer, inclusive com a vinda de animais importados. A diferença é que, com a utilização quase que exclusiva da inseminação artificial, os machos foram desaparecendo da exposição – conta Ferreira.
Com mais de 30 anos de Expointer, José Ricardo Saraiva, 52 anos, da cabanha Cinamomo, de Bagé, é um dos poucos pecuaristas gaúchos que ainda investe na produção de touros. Em 2010, um dos animais dele levou o prêmio de Grande Campeão da raça. Ano passado, venceu o título de Reservado Grande Campeão. Em 2012, serão duas novilhas e um terneiro a participar dos julgamentos.
– Participamos desde 1980 da Expointer. De lá pra cá, o que mais impressiona é a evolução genética. Naquela época, as melhores vacas produziam 24 litros de leite. Hoje, chega a 32 litros. Os custos também diminuíram com as novas técnicas de manejo – aponta o produtor.