Rio Grande do Sul mantém vendas elevadas de máquinas agrícolas

Setor tem boa expectativa de negócios durante a ExpointerA forte seca do verão passado fez as vendas de maquinário no Rio Grande do Sul apresentarem um desempenho inferior à média nacional, mas nada tão drástico quando se poderia esperar pela quebra de 43% na produção de soja e de 40% no milho.

Os dados das vendas por unidades da federação da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) comprovam. Nos tratores, o Rio Grande do Sul mantém o posto de segundo maior mercado do país. É mesma posição do ano passado, quando o Estado colheu uma safra recorde, e permanece à frente até de Mato Grosso e Paraná, os dois principais produtores de grãos do país.

No primeiro semestre, os produtores gaúchos compraram 3.396 unidades, queda de 10,3% ante o mesmo período do ano passado, enquanto na média nacional a retração foi de 6,5%. Nas colheitadeiras, o Rio Grande do Sul também segue como o segundo principal mercado, assim como em 2011. Segundo a AGCO, a região Sul demanda 50% das colheitadeiras vendidas no país e, desses 50%, metade é demanda do Rio Grande do Sul.

No primeiro semestre, os agricultores gaúchos compraram 551 colheitadeiras. O número é 10,3% inferior ao período de janeiro a junho do ano passado. No país, a comercialização apresenta crescimento de 6,1% no acumulado do ano, segundo a AGCO.

Para a 35ª edição da Expointer, a expectativa é que o setor de máquinas atinja pelo menos o mesmo volume de negócios do ano passado, com R$834,7 milhões. O secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, aposta em uma comercialização ainda maior.
– A feira é um grande evento para o produtor, que não vai se intimidar e buscará tecnologias para um novo passo – afirma Mainardi.

As projeções de vendas das empresas Massey Ferguson e Valtra, ambas do grupo AGCO, também apontam para o volume de vendas conquistado no ano passado na feira, mas sem detalhar os resultados. Para o gerente de vendas da Massey Ferguson, Leonel Oliveira, as novas vendas não são de expansão da frota, mas de troca.

– O produtor quer mais eficiência, uma máquina que demande menos combustível, tenha menor perda de grãos.