A Agrishow é também uma oportunidade para as empresas brasileiras exportarem. Neste ano, a rodada internacional de negócios bateu recorde no número de participantes, com 46 empresas do Brasil e do exterior. O destaque vai para o interesse dos países africanos.
“É uma oportunidade para conhecer em um único momento várias empresas e contatos de países diferentes. Onde o custo de locomoção destes países é muito grande”, diz diretor da Rodapar, André Chiumento.
O gestor de projetos da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) Anderson Jorge Dib diz que esta é a oportunidade de negociar pessoalmente com o representante de empresas de vários países. Ele conta que empresas africanas estão muito interessadas no conhecimento e na tecnologia usada no agronegócio brasileiro.
“Os compradores africanos estão vindo ao Brasil com bastante interesse, porque eles enxergam o Brasil como um país grande produtor de tecnologia. Aliado ao fato de ter no Brasil a um clima parecido. Eles vêm no Brasil um grande referencial tecnológico no agronegócio”, salienta o gestor.
A analista comercial da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Tábata Silva diz que para as empresas brasileiras, o câmbio acaba sendo bem favorável para que elas tenham interesse de participar da rodada, fazer contato com outros compradores internacionais.
Inovações na feira
Para atender a demanda, as empresas não param de inovar. Uma empresa alemã levou para a feira a última novidade em pulverização. O novo sistema gasta menos energia que os modelos elétricos e possui maior precisão, principalmente em terrenos acidentados. O equipamento reduz para 1% a sobreposição de áreas, evitando desperdício e superdosagem de produto.
Os drones também são sensação do momento e estão ganhando espaço na agricultura. Além de mapear áreas, os aviõezinhos são utilizados para pulverizar as plantações. Com capacidade para 15 litros, a miniaeronave funciona com bateria, o que diminui os gastos com combustível.
Dá pra economizar até no pneu do trator. Outra indústria trouxe para o campo, uma técnica antes só utilizada em caminhões. A reforma feita por meio de raspagem e aplicação de novo material permite que o pneu usado dure o dobro do tempo. A economia é de 60%.