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Safra de soja impulsiona financiamento para a irrigação

Sistema pode contribuir para alta de 50% na produtividade das lavourasO medo de ver lavouras arrasadas pela seca, como no último ano, motivou agricultores a aproveitar o atual cenário favorável e investir em irrigação. Estimativa da Federação da Agricultura do Estado (Farsul) aponta que o sistema pode contribuir para o aumento de 50% na produtividade da lavoura.

Nos dois primeiros dias da Expodireto, em Não-Me-Toque, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) superou o volume financiado para irrigação da última feira – R$ 12,2 milhões ante R$ 11 milhões. Segundo o gerente de planejamento do BRDE, Alexander Nunes Leitzke, o aumento foi impulsionado pela expectativa de colher uma supersafra de soja, aliada a maior oferta de crédito a juro mais baixo e incentivos do programa Estado Mais Água Mais Renda. Nesta edição da Expodireto, o banco ofereceu R$ 100 milhões em crédito, o dobro de 2012.

– Os produtores viram que a irrigação é um caminho sem volta e aproveitam o bom momento para investir – comenta Leitzke.

Comparada com o último ano, a taxa de juro caiu pela metade, conforme o gerente. Hoje está em 3%. O valor médio de cada financiamento está em R$ 400 mil, e os recursos podem ser pagos em até 12 anos.

O produtor Aderlei Vendruscolo visitou a Expodireto com a meta de adquirir um pivô de irrigação para cem hectares. Será o primeiro equipamento que instalará na propriedade de 1,8 mil hectares em Jacuizinho, no Noroeste. Na safra passada, a seca o fez colher só 30 sacas por hectare de soja, enquanto para este ciclo a expectativa é obter 55 sacas por hectare.

– Milho eu nem cultivo porque minha região é muito afetada pela seca. Vou começar a cultivar cem hectares na próxima safra, por causa da irrigação – afirma.

Com o sistema, Vendruscolo espera colher cerca de 220 sacas de milho por hectare. O plano do agricultor é implantar irrigação em 70% da área em até cinco anos.

Licenciamento ambiental e energia escassa dificultam investimentos
A aplicação de irrigação nas lavouras gaúchas poderia ser maior sem as barreiras do licenciamento ambiental e da energia nas propriedades, diz o presidente da Comissão de Irrigantes da Federação da Agricultura do Estado (Farsul) João Augusto Telles.

– Não há como implantar irrigação sem água. Precisamos facilitar o acesso a barragens e açudes – afirma.

Conforme Telles, a energia também é um problema sério. Com sistema elétrico falho, muitas vezes, produtores apelam para geradores a diesel para abastecer áreas com sistema de irrigação, o que eleva o custo da produção.

Telles afirma que a produtividade de um hectare de soja é em média 50% maior com irrigação – chega a 90 sacas. Para o dirigente, é preciso que governo e órgãos ambientais se reúnam com técnicos que elaboram projetos de licenciamento, produtores, comitês de bacias hidrográficas e Ministério Público, com objetivo de orientar e facilitar o acesso às licenças.

>>Veja a matéria original em Zero Hora

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