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Seca que atingiu o país contribuiu para aumento no comércio de sistemas de pivôs de irrigação

Empresa especializada afirma que aumento chega a 50% entre 2012 e 2013A procura por sistemas de irrigação vem crescendo no Brasil. O bom momento dos preços dos grãos e a seca que atingiu grande parte do país atraem os produtores que visitam a Expodireto Cotrijal 2014, em Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul. As empresas que estão expondo na feira acreditam em um novo recorde de vendas.>> Setor de máquinas e equipamentos agrícolas movimenta Expodireto Cotrijal 2014

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Apesar das perdas pontuais nas lavouras gaúchas durante este verão, a safra histórica está confirmada no Estado. Segundo dados da Emater/RS, a produção de grãos deve chegar a 27 milhões de toneladas. O diretor técnico da entidade, Gervasio Paulus, afirma que a facilidade de acesso ao crédito e o mercado aquecido foram fatores que contribuíram para o resultado. No entanto, os índices poderiam ser ainda melhores.

– Ocorreram problemas pontuais localizados de adversidade climáticas, sobretudo de falta de chuva. Há um potencial ainda maior e resposta de produção de rendimento se avançarmos ainda mais com tecnologias, nesse caso específico a tecnologia da irrigação – salienta.

O diretor da Focking, Siegfried Kwast, empresa especializa em pivôs de irrigação, afirma que teve crescimento de 50% nos pedidos entre 2012 e 2013.

– Nosso número de orçamentos foi recorde. O Estado está deixando de colher de duas a três milhões de toneladas por causa da estiagem. Está sendo uma boa safra, mas podia ter sido melhor. Aumentou muito a procura por equipamentos de irrigação, justamente para ter a segurança de uma colheita mais farta – diz Kwast.

A expectativa do empresário é de que o mercado registre um novo recorde nesse ano.

– O mercado brasileiro sempre se estabilizou em 700 máquinas ao ano. Em 2013 foram 2.100 máquinas. Nós acreditamos que este ano o número deve se repetir, mas com uma estiagem forte no RS, e mais forte no estado de SP, Minas Gerais e Goiás, o número pode ser superado novamente e bater novo recorde – afirma.

O produtor de soja de São Borja, no Rio Grande do Sul, Henrique Pacheco, diz que cansou de esperar pela chuva e decidiu investir em irrigação. Acabou de comprar um novo sistema e tem grandes expectativas.

– O aumento deve ser grande, principalmente na cultura do milho, acredito num aumento de 30 a 40%. A soja vai ficar nessa margem também. Essa tecnologia traz segurança de uma colheita certa, que vai pagar o custo da lavoura, além de manter – salienta Pacheco.

O gargalo são as restrições impostas pelos órgãos ambientais para liberação de licenças. Sem elas, os agentes financeiros não podem liberar o crédito e o produtor rural não pode instalar o projeto na propriedade. Desde o fim de 2013, o governo do Estado gaúcho, e as secretarias da Agricultura e Meio Ambientem debatem os ajustes no programa estadual Mais Água, Mais Renda, que prevê a instalação de sistemas de irrigação. Na abertura da Expodireto o governador afirmou que o programa vai ser ampliado e que as negociações com os órgãos ambientais já estariam na reta final.

Atualmente, cerca de quatro mil projetos aguardam por licenciamento no Rio Grande do Sul. De acordo com a Emater há uma tentativa de conseguir a licença ambiental para o programa, ao invés de projetos individuais.

>> Expodireto começou nesta segunda, dia 10, recebendo representantes de 77 países

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