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Setor discute importação de café na Femagri

Produtores e integrantes da cadeia continuam firmes na oposição ao produto vindo de fora

Fonte: Larissa Pansani

A importação de café foi o assunto predominante durante a abertura da Femagri, a feira de máquinas, implementos e insumos agrícolas voltada para a cafeicultura, que acontece até sexta-feira, em Guaxupé, sul de Minas Gerais.

Depois que o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, anunciou que é a favor da importação do café conilon, especialistas do setor debateram o assunto. E o setor continua contrário à entrada do produto vindo de outros países.

“Mesmo que o conilon não interfira diretamente em Minas, como no Espírito Santo, mas existe a questão do café solúvel, que a gente não sabe até que ponto isso pode interferir para os mineiros. Eu posso adiantar o seguinte: se for para prejudicar o produtor de Minas, nós seremos contra”, afirma Viriato Mascarenhas, subsecretario de Agricultura do governo de Minas Gerais.

Segundo o presidente da Cooxupé, a maior cooperativa de café do mundo, a quebra do conilon no Espírito Santo garantiu bons preços aos produtores de arábica de Minas Gerais.

“Neste ano, nós tivemos uma produção alta de café arábica, e o preço se manteve num nível satisfatório, em parte devido à quebra do conilon”, diz Carlos Paulino, presidente da Cooxupé.

Não são apenas os representantes do setor que são contra a abertura da importação pelo governo. Os produtores também estão preocupados com a decisão. Em minas gerais, por exemplo, a maior dúvida é saber até que ponto a entrada do produto vindo de fora vai interferir nos preços para quem produz o café arábica.

“No meu ponto de vista, seria interessante cair o preço do café. Hoje, o preço não é tão elevado para o produtor, porque existe um custo. Importando ou não, a gente fica preocupado com a queda no preço do café”, diz o produtor Francisco Viana.

 

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