Para Jair Servat, gerente de vendas da John Deere, a recuperação do setor como um todo no Estado teve seu início a partir da Expointer no ano passado. Servat explicou que as vendas dos contratos firmados em setembro de 2012, durante a feira, com taxas de juros reduzidas a 2,5% tiveram as entregas feitas em janeiro. A partir dai o segmento também foi impulsionado pelas altas nos preços dos grãos, originada pela seca nos Estados Unidos, e a falta de mão-de-obra no campo.
– Os produtores estão buscando tratores e colheitadeiras grandes por conta da dificuldade de encontrar mão-de-obra. Nesse ano, as vendas já cresceram na ordem de 30%. Em matéria de opções de bancos e financiamento, o RS é o melhor lugar. O estado tem dinheiro – explicou.
Servat estima vendas de 20% a 30% maiores que na feira do ano passado.
– Foi espetacular no ano passado, mas vamos trabalhar para superar o recorde – disse.
Leandro Bérgamo, gerente regional da New Holand, também espera uma boa feira. A meta da empresa é de crescimento de 5% a 8% em relação às vendas do ano passado.
– O crédito está bom e o RS tem uma boa demanda de máquinas para produção de grãos. Também há segmentos específicos como o mercado de tabaco e hortifruticultura, e isso é muito bom – afirmou Bérgamo.
Exportação e agricultura familiar
A Stara, que tem sede em Não-Me-Toque (RS), no noroeste do Estado, vê também um bom momento econômico e a feira como uma oportunidade para incrementar vendas para a agricultura familiar.
– Falta mão-de-obra no campo e a agricultura familiar está buscando profissionalização. Por isso, a agricultura familiar tem buscado cada vez mais tecnologia. Oferecemos agricultura de precisão para esses pequenos produtores que querem se profissionalizar – revelou Orlando Francisco Mandelli, gerente da região Sul da Stara.
Márcio Elias Fülber, diretor comercial da Stara, contou ainda que a Expointer também é uma ocasião para encontro com possíveis importadores de seus produtos. Segundo Fülber, visitantes estrangeiros já compraram equipamentos da empresa no ano passado e em 2013 isso deve se repetir.
– A exportação é um foco importante. Atualmente, exportamos para mais de 35 países. Para o nosso estande esse ano virão visitantes da África do Sul, Zâmbia, Moçambique, Venezuela, Colômbia, Bolívia e Chile. A expectativa é boa – declarou ao portal da Expointer.
Eduardo Copetti, gerente de desenvolvimento de mercado da Semeato, considera o mercado de máquinas agrícola bastante aquecido no Rio Grande do Sul. No semestre, o crescimento da empresa foi superior a 15%, mas o gerente não faz estimativas específicas para a feira.
– Os preços dos grãos devem nos trazer uma feira boa – resumiu.