A cultivar 424ri, desenvolvida pelo Instituto Riograndense do Arroz (Irga) é um aprimoramento da 424, já conhecida pelos produtores. Resistente à brusone, principal doença que ataca a cultura, e também à toxidez de ferro, é uma variedade de ciclo médio de 124 dias. O engenheiro responsável explica que a semente deve ficar disponível a partir da safra 2015/2016.
– Tem seus potenciais em dez, 11, 12 mil quilos por hectare. Muito acima da média no Estado, que hoje é de 7,5 mil por hectare. Então, se você colocar 50% da área do Estado com essa cultivar, você vai elevar muito a produtividade – garante Ricardo Tatsch, do Irga.
O Irga é responsável por 10% das sementes cultivadas nas lavouras de arroz do Rio Grande do Sul. Na Expointer foram lançadas outras duas variedades: a 429, para sistema pré-germinado; e a 430, de ciclo precoce com alta produtividade.
Na pecuária, uma das novidades é a mo25c, uma nova linhagem suína desenvolvida pela Embrapa. O resultado é um animal que consome menos ração, pode ser abatido mais cedo e que vai ter carne com menos gordura.
– É uma genética que procura combinar produtividade e número de leitões por parto. Pela qualidade da carne desses leitões, para usarem produção com melhor valor agregado de carne e produtos curados – diz o pesquisador da Embrapa Elsio Figueiredo.
Por enquanto, apenas uma granja de Santa Catarina está desenvolvendo matrizes. A expectativa é substituir aos poucos o rebanho de 415 mil matrizes no Estado.
– A médio, longo prazo, o produtor vai sentir esse resultado, porque tudo isso é redução de custo. Eu acredito que, em torno de 5% a 10% é o que vai diminuir com a entrada dessa genética no Estado – calcula o presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Santa Catarina, Losivânio Luiz de Lorenzi.
A Embrapa lançou, também, três cultivares de forrageira, adaptadas para o clima e o solo do Sul do Brasil.
– Elas se destacam por alta adaptabilidade climática e de solo na região Sul, alta persistência e tolerância ao pastejo, valor nutritivo superior, alta produção de massa forrageira. Vão estar disponíveis a partir do outono que vem, para compor pastagens para pecuária de corte e de leite, e Sistema de Integração Lavoura-Pecuária – afirma Alexandre Varela, chefe geral da Embrapa Pecuária Sul.
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