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Touro franqueiro estará presente na Expointer 2012

Sem registro genealógico, raça bovina enfrenta dificuldades para participar de exposiçõesTodos os anos, Sebastião Fonseca de Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos Franqueiros, precisa fazer uma força maior para participar da Expointer. Não foi diferente para a edição deste ano, que começa no dia 25.

Mas o alívio veio na última sexta-feira, dia 10, quando recebeu uma ligação da Secretaria da Agricultura confirmando a participação de oito animais na feira.

– E para o próximo ano nos prometeram mais espaço. Acho que agora a coisa vai melhorar – comemora.

A ideia da participação na Expointer, conforme Oliveira, faz parte de uma estratégia de reforçar a recuperação da raça no Rio Grande do Sul. Considerada a principal do Estado no século 19, o franqueiro dominou os campos gaúchos até o início do século 20, mas perdeu espaço com a chegada das raças europeias e correu risco de extinção. No início dos anos 70, o rebanho era composto por apenas 15 animais. Agora, em um trabalho quase solitário de Oliveira, o plantel chega a 220 cabeças.

Um empecilho para os criadores de franqueiros do Rio Grande do Sul é a briga com pecuaristas catarinenses pelo registro genealógico da raça. Em 2008, criadores de Lages (SC) conseguiram o registro do crioulo lageano no Ministério da Agricultura, acabando com a nomenclatura franqueiro.

– Legalmente, é complicada esta participação porque o registro de associação vem de Santa Catarina. Mas autorizamos que os animais venham como forma de exposição – ressalta o chefe do Serviço de Exposições e Feiras da Secretaria da Agricultura, Honório Franco, acrescentando que a raça não pode participar de competições nem ser comercializada.

Projeto busca reconhecimento

Na Assembléia Legislativa gaúcha tramita um projeto do deputado João Fischer (PP) para reconhecer o gado franqueiro como símbolo da cultura do Rio Grande do Sul. A proposta está na Comissão de Constituição e Justiça e aguarda votação para ser levada ao Plenário.

– Os animais estão recuperados, com trabalhos científicos que fizemos com apoio da UFRGS. Enquanto estiver vivo, vou tocando esse trabalho – diz o presidente da associação da raça.

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