A eleição do economista Javier Milei como presidente da Argentina trouxe expectativas de mudanças significativas para o setor agrícola. Produtores argentinos, enfrentando décadas de desafios econômicos, apresentaram demandas, incluindo o fim das retenções, unificação do câmbio e a liberação de cotas e estoques para exportações.
Carlos Cogo, consultor em agronegócio, destaca que o agronegócio é vital para a economia argentina, representando cerca de um quarto do PIB do país. As propostas de Milei, como a redução das retenções sobre produtos como soja, milho e trigo, tornam a Argentina ainda mais competitiva globalmente.
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O consultor ressalta que as principais preocupações do novo presidente incluem a estabilização da moeda, redução do déficit fiscal e controle da inflação. Embora Milei prometa medidas de longo prazo, como a saída do Mercosul e a revisão das relações comerciais com a China, Cogo destaca que tais ações podem levar tempo para surtir efeito.
No curto prazo, a atenção se volta à possibilidade de medidas que incentivem os produtores argentinos a exportar, o que poderia aumentar a oferta de grãos e carne bovina no mercado internacional. No entanto, a saída do Mercosul e a quebra de relações com a China são consideradas incertas e enfrentam resistência, uma vez que a Argentina é superavitária no comércio com o Brasil e depende significativamente do mercado chinês.
A comunidade agrícola observa com cautela as promessas de Milei, ciente de que as mudanças podem impactar não apenas a Argentina, mas também as dinâmicas do agronegócio global.
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