Nesta terça-feira (15), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizou um encontro em paralelo a programação da COP27 para de fazer a descarbonização da economia brasileira. O evento foi realizado diretamente de Sharm El Sheikh, cidade do no Egito que sedia a edição deste ano da conferência climática promovida pelas Nações Unidas.
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O diálogo empresarial para uma economia de baixo carbono acontece em um momento em que os problemas trazidos pela pandemia da covid-19 e pela guerra na Ucrânia exigem ações efetivas e urgentes para garantir a segurança alimentar e para afastar o risco de desabastecimento de energia. Durante o encontro, autoridades brasileiras e internacionais, dirigentes de empresas e executivos de instituições financeiras discutiram temas como: mercado de carbono, transição energética, economia circular e conservação florestal.
Segundo a CNI, a indústria brasileira é uma das que menos emitem gases de efeito estufa no mundo. E a confederação tem trabalhado para buscar mecanismos para ajudar os setores que mais poluem, como mineração e petróleo.
“No caso do carbono, defendemos um mercado regulado” — Robson Braga de Andrade
“Estamos trabalhando muito com o Congresso Nacional para a aprovação da modernização da legislação ambiental”, disse o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. “Principalmente, no caso do carbono, defendemos um mercado regulado, no mesmo modelo dos cenários internacionais”, prosseguiu o dirigente da entidade.
O presidente da CNI também destacou as áreas de energias para a produção de hidrogênio verde. “Com a possibilidade de uso de energias próprias, tanto a eólica quanto a energia solar. A indústria está trabalhando muito em projetos, apoiados pelo Senai, para o desenvolvimento do hidrogênio verde”, afirmou Andrade.
Descarbonização: senadores falam sobre o assunto no evento da CNI
O presidente do senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), participou do encontro promovido pela CNI e falou sobre a necessidade de ações para combater o desmatamento ilegal no Brasil. “Um país que tem energia limpa, que tem muita área preservada e que tem uma boa legislação ambiental, mas que vive um problema crônico da marginalidade, da clandestinidade do desmatamento ilegal”, pontuou o parlamentar. “É caso de polícia, mas também é caso de controle, de fiscalização. É pedagógico”, pontuou.
Para Pacheco, a visita à COP27 do presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está agendada para esta quarta-feira (16) deve trazer boas relações internacionais e marcar a retomada de protagonismo do Brasil nas discussões sobre preservação do meio ambiente. “É uma grande responsabilidade do governo eleito: estabelecer o planejamento e quais ações efetivas de uma tolerância mínima ou zero ao desmatamento ilegal”, destacou o presidente do Senado, que espera que Lula se manifeste, logo menos, sobre temas como: licenciamento ambiental, regularização fundiária, projeto de defensivos agrícolas e mineração em terras indígenas.
Também presente no Egito, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) avalia que a presença de Lula no local onde ocorre a COP27 representa um sinal positivo para o mercado internacional. “É uma demonstração concreta de que o Brasil está de volta ao cenário internacional. O Brasil está de volta ao jogo climático global.”
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