Sob muitas críticas, começou nesta segunda-feira (6) a Cúpula das Américas, em Los Angeles. Um dos encontros mais aguardados é do presidente Jair Bolsonaro com o presidente dos EUA, Joe Biden, que está previsto para quinta-feira (9).
A ausência de convites para Cuba, Nicarágua e Venezuela, no entanto, tem provocado instabilidade diplomática e a presença de alguns outros líderes, ainda é incerta.
Sobre o encontro com o presidente americano, Bolsonaro disse que quer manter as políticas definidas pelo governo brasileiro com o ex-presidente Donald Trump.
“Terei uma audiência bilateral com o Biden na Cúpula das Américas para falar do Brasil e do que eu tinha tratado com [Donald] Trump [antecessor de Biden], para continuarmos essa política para o bem de nossos povos”, disse Bolsonaro em discurso durante a 48ª Assembleia Geral Extraordinária da Convenção Nacional das Assembleias de Deus do Ministério de Madureira (Conamad), em Goiânia (GO).
Bolsonaro acrescentou que, entre os últimos chefes de Estado brasileiros é “o que mais respeita e admira o povo americano”.
Alguns detalhes do encontro entre os dois presidentes foram adiantados em comunicado da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, após reunião entre Bolsonaro e o assessor especial do governo dos Estados Unidos (EUA) para a 9ª Cúpula das Américas, Christopher Dodd, um ex-senador pelo Partido Democrata.
No comunicado, Dodd citou os temas principais que serão discutidos durante o evento e reforçou a importância da presença do Brasil.
“A Cúpula das Américas se concentrará em algumas das questões mais importantes e compartilhadas de todo o hemisfério, como a garantia de que a democracia seja uma realidade para cada país, nossas metas climáticas compartilhadas, uma resposta mais colaborativa à covid-19 e a abordagem mais profunda do crime organizado e da instabilidade econômica”, disse.
Segundo Dodd, o Brasil tem muito a contribuir nestes temas com os demais presidentes dos países das Américas que participarão da Cúpula. “Valorizamos muito a voz do Brasil enquanto discutimos soluções que ajudarão a construir vidas melhores para as pessoas do nosso hemisfério”, disse.
Cúpula
A nona edição da Cúpula das Américas envolve discussões sobre problemas comuns e visa buscar soluções para o desenvolvimento da região. A Organização dos Estados Americanos (OEA) atua como a secretária técnica do processo de cúpulas.
“A Cúpula das Américas reúne os líderes dos países da América do Norte, América do Sul, América Central e Caribe. A Cúpula e seus fóruns de partes interessadas promovem a cooperação para o crescimento econômico inclusivo e a prosperidade em toda a região, com base em nosso respeito comum pela democracia, liberdades fundamentais, dignidade do trabalho e livre iniciativa”, disse o Departamento de Estado dos EUA.