A guerra na Ucrânia completou seis meses nesta quarta-feira (24), exatamente no dia em que é comemorado o Dia da Independência do país, que se declarou independente da antiga União Soviética em 1991.
O conflito já tirou a vida de milhares de pessoas e forçou mais de dez milhões a deixar o país.
Os dias de bombardeio continuam e não há previsão de quando vão acabar.
Segurança alimentar
Segundo o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, a segurança alimentar continua ameaçada com o conflito.
“Em 2022, há comida suficiente no mundo, o problema é sua distribuição desigual. Mas, se não estabilizarmos o mercado de fertilizantes em 2022, simplesmente não haverá comida suficiente em 2023”, disse.
De acordo com o professor Felippe Cauê Serigati, da Escola de Economia e do Centro de Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV), de São Paulo, desde o início da guerra, os preços das commodities dispararam no mercado internacional.
“No entanto, com o tempo, em algumas commodities, os preços já se acomodaram. No milho, por exemplo, os preços estão nos patamares pré-conflito”, afirma.
“Provavelmente, os mercados de energia foram os que mais sentiram o impacto do conflito. Se no mercado de alimentos a preocupação ficou para trás, o mesmo não acontece no mercado de energia na Europa. É um choque pesado, que provavelmente vão fechar o ano em recessão”, explica.