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Internacional

Medidas para 'covid zero' na China podem interferir no setor de carne bovina

Para analista da Agrifatto, política chinesa de isolamento tenderá a também impactar no cenário para o pecuarista

Os preços do boi china já tiveram registros de R$ 300 reais a arroba. No mercado interno brasileiro, o animal também vem sentindo pressão positiva. Com isso, a tendência é para que o setor de carne bovina encare consequências a partir da manutenção da chamada política “covid zero” que vem sendo implementada na China. Ao menos é o que avalia o analista da Agrifatto, Yago Travagini. Ele foi entrevistado pelo Canal Rural e falou sobre o assunto na edição desta quinta-feira (1º) do telejornal ‘Mercado & Companhia(vídeo acima).

Veja, abaixo, a entrevista com Yago Travagini sobre China e preço do boi:

boi gordo - abates - abate de bovinos
Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT

1 — Como o setor está reagindo às medidas na China?

O que a gente tem visto agora é que o setor ainda sofrendo com dúvidas sobre como será o comportamento da China no próximo ano, se eles vão ou não levantar as restrições e com isso, o mercado se posiciona de maneira conservadora. Esperamos que a China volte a reabrir, mas sem querer pagar um ágil muito grande.

2 — O preço do boi China já teve registros de alta. Qual a interferência do cenário do país asiático na formação dos valores?

Olhando para a carne bovina e para o boi gordo, temos o boi China sendo negociado em torno de R$ 10 a R$ 15 por arroba a mais que o boi comum, que é aquele que vai para o mercado interno. E isso ocorre porque a China compra, basicamente, o dianteiro da carcaça bovina e paga um pouco a mais por isso.

Como a gente tem somente algumas plantas habilitadas a exportar para a China, elas, para terem preferência de compra, acabam pagando um pouco mais. Essa é a interferência que vemos disso no mercado interno.

3 — Quais impactos podem ser sentidos para o setor de carnes?

A gente acredita que o Brasil seguirá exportando em grandes volumes para a China e para outros países. A grande interrogação aí continua sendo o preço. A dúvida é se a China vai continuar pagando um ágil muito acima do mercado interno ou se eles vão se adequar a uma realidade de preços menores. Isso traz muitas incertezas para o setor.

4 — Pecuarista vai ter alguma dificuldade para negociação?

A gente acredita que o pecuarista não irá sofrer para vender o seu animal. O que pode acontecer é que os preços de venda não paguem as contas dos investimentos e das compras que ele [pecuarista] fez há dois anos. Vai vender, mas talvez não no valor que o produtor considere justo e consiga cobrir os seus custos. Esse poderá ser o grande impacto.

5 — Podemos ter alguma expectativa quanto aos preços, tanto da carne, quanto do boi?

Para falar de valorização, temos de esperar essa reabertura chinesa. Mas se a China seguir com essa política [de covid zero], a nossa perspectiva para o boi gordo segue com cenário estável

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