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INTERNACIONALIZAÇÃO

Paraguai atrai empresas do agro brasileiro com áreas e clima favoráveis

Advogada fala da importância da assessoria jurídica às empresas do agro brasileiro que buscam expandir fronteiras

ranking das 100 cidades mais ricas do agro no Brasil em 2022, Economist, agronegócio
Foto: Divulgação

O agronegócio representa cerca de 25% do Produto Interno Bruto do país, conforme estimativa de 2023 do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

A representatividade econômica do setor é tamanha que muitas empresas buscam romper as fronteiras nacionais para buscar novos mercados consumidores. Nesta seara, o Paraguai tem sido um destino procurado.

A sócia do escritório Auro Ruschel Advogados Associados, Maite Schmitt, afirma que os empresários do setor buscam a internacionalização por diversos motivos, a depender dos seus objetivos e metas para o negócio e do setor que se enquadram.

De acordo com ela, as marcas que expandem a sua atuação aumentam as vendas em países que, por vezes, não possuem a riqueza de produtos que os brasileiros produzem e ofertam.

Aumento de competitividade

A advogada ressalta que a atuação em mercados internacionais pode aumentar a competitividade das empresas do agro ao expô-las a novos concorrentes e exigências mais elevadas, incentivando a inovação e a eficiência.

“A presença internacional fortalece a marca da empresa, tornando-a mais reconhecida e respeitada globalmente. Com isso, naturalmente facilita a formação de parcerias estratégicas e alianças com empresas locais de outros países”.

Maite salienta que a abertura de uma empresa no país ou região onde já tem seus produtos sendo vendidos traz diversas vantagens, como facilitar o acesso a recursos locais, tecnologias e conhecimentos que não estão disponíveis no mercado doméstico.

Outro fator importante é que as empresas que expandem sua presença internacional abrem caminho para uma significativa diminuição de custos operacionais. “No setor do agronegócio, ainda, é necessário por vezes ter sede na localidade onde se registra o produto, para poder comercializá-lo”, ressalta ela, referindo-se às indústrias de insumos.

Paraguai é tendência

A advogada considera que o Paraguai tem sido um dos locais mais procurados pelas empresas brasileiras do agro em busca da abertura de novas unidades.

“Sabe-se que esse país tem grandes áreas produtivas e ainda disponíveis, com preços relativamente baixos em comparação com países vizinhos, além de um clima favorável, tornando-se um local ideal para a expansão”, aponta.

Além disso, indica ela, a proximidade geográfica e as condições propícias para a produção agrícola abriram as portas para os empresários brasileiros ingressarem no setor agrícola paraguaio.

Assessoria jurídica no agro

Foto: Pixabay

Como cada localidade possui um conjunto único de leis e regulamentos que regem o agronegócio, desde a aquisição de terras até questões ambientais e de trabalho, Maitê afirma que a assessoria jurídica é fundamental neste processo.

“A assessoria jurídica vai atuar auxiliando a determinar a melhor estrutura corporativa para a empresa no exterior, considerando aspectos legais, fiscais e operacionais, bem como a obter todas as licenças e autorizações necessárias para operar em um novo país”.

Segundo ela, o trabalho não termina na fase de preparação, visto que também inclui as alterações e protocolos societários obrigatórios, o aumento de capital, a troca de administrador e também a elaboração de contratos locais para operação.

Maite lembra que, no agronegócio, devido à grande concorrência dos produtos e marcas, as questões relacionadas a patentes, registros e direitos de propriedade intelectual tomam grande importância, exigindo a proteção jurídica dos ativos.

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