Economia

Petróleo: futuros operam em alta aguardando reunião da Opep

Expectativa é de grande corte na produção diária de barris

Os preços dos contratos futuros do petróleo operam em alta nesta terça-feira (4), com investidores aguardando a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+), que acontece nesta quarta-feira (5). A expectativa de investidores é de um corte de produção maior que o esperado.

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“Os mercados agora esperam um grande corte de produção superior a um milhão de barris por dia, para o qual aparentemente há bastante apoio”, afirma Craig Erlam, analista sênior de mercados da Oanda.

Ainda assim, com a perspectiva de recessão econômica, e a redução na demanda por petróleo, Erlam questiona se o corte da produção conseguirá subir para US$ 100 o barril. “Com as perspectivas econômicas se tornando mais sombrias a cada dia, a aliança irá longe o suficiente para alcançar o petróleo de US$ 90-100 que eles claramente desejam?”

“Encorajados pelo pensamento de uma Opep convincente, um dólar encharcado e um perfil de taxa mais suave ajudando a recuperar o crescimento, os preços do petróleo continuaram a marcha mais alta antes do corte de produção antecipado da Opep de amanhã”, disse Stephen Innes, sócio-gerente da SPI Asset Management.

“Há capacidade ociosa extremamente baixa” — Amin Nasser

Para a Saudi Aramco, uma das maiores petrolíferas do mundo, a indústria do petróleo restringiu a oferta, o que pode levar à interrupção dos mercados de energia. “Hoje há capacidade ociosa extremamente baixa”, disse Amin Nasser, da Saudi Aramco. “Quando você corrói essa capacidade ociosa, o mundo deve se preocupar porque há não será um amortecedor para qualquer interrupção, para quaisquer eventos imprevistos”.

Cotação do petróleo na manhã de terça

cotacao-mercado

Por volta de 9h25 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para novembro subia 1,41%, cotado a US$ 84,82 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para dezembro subia 1,67%, cotado a US$ 90,34 o barril. As informações são da Agência CMA.