Em uma declaração polêmica, o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente do Chile, Gabriel Boric, seriam “agentes da CIA” e teriam sido “cooptados” pelos Estados Unidos para desempenhar papéis estratégicos na América Latina.
Saab, que é aliado próximo do governo de Nicolás Maduro, expressou sua teoria durante uma entrevista à televisão estatal venezuelana no domingo (13), acusando ambos os líderes de agirem em consonância com os interesses americanos.
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Segundo Saab, Lula teria sido “cooptado” enquanto esteve preso, o que, em sua visão, transformou suas posições políticas. “Lula que saiu da prisão não é o mesmo em seu discurso, nem em sua aparência”, declarou o procurador. Ele criticou a postura do presidente brasileiro em relação às eleições venezuelanas de 2024, nas quais Maduro foi reeleito em meio a acusações de fraude eleitoral. Saab acusou Lula de estar alinhado com a CIA e o governo dos Estados Unidos, assim como Gabriel Boric, que também é um crítico vocal do regime de Maduro.
Lula recentemente afirmou que o governo venezuelano deveria apresentar provas para que sua reeleição fosse reconhecida, enfatizando a importância de que as atas das votações fossem divulgadas. Já Boric, por sua vez, considera o governo de Maduro uma “ditadura” e afirma que o regime falsifica eleições, comparando a situação da Venezuela ao cenário da Síria após a guerra.
A reeleição de Maduro tem sido questionada pela oposição venezuelana, que alega que o ex-diplomata Edmundo González Urrutia teria vencido as eleições com 67% dos votos, uma afirmação que Maduro e seus aliados rejeitam.