Forças russas atacaram, nesta quarta-feira (22), terminais de grãos da empresa canadense Viterra e da trading de grãos Bunge, dos Estados Unidos.
A Viterra, que tem entre seus acionistas a gigante de commodities Glencore, disse que não houve vítimas, embora um funcionário tenha sido tratado para queimaduras. A Bunge disse que não houve vítimas em sua instalação, que está fechada desde o início da invasão russa.
A Rússia atingiu várias vezes a ponte que agricultores e traders ucranianos dizem usar para levar grãos para a fronteira com a Romênia e o porto de Constanta. Uma grande unidade de processamento de óleo de girassol e outros terminais de grãos também foram atingidos. O ataque desta quarta-feira é o segundo contra uma instalação da Bunge.
Os portos que ainda estão sob controle ucraniano são bombardeados constantemente, disse Rustem Umerov, membro da equipe de negociação da Ucrânia com a Rússia.
Os ataques à infraestrutura de exportação ucraniana ocorrem num momento em que a Rússia diz estar considerando um acordo apoiado pelas Nações Unidas para retirar os grãos atualmente retidos nos portos ucranianos. Diplomatas turcos e da ONU estão discutindo uma proposta para escoltar cargueiros por uma passagem segura entre as minas defensivas que protegem os portos do Mar Negro.
A Rússia negou anteriormente acusações de que Moscou estaria prejudicando as exportações de trigo ucraniano.
Para autoridades da União Europeia, os relatos de ataques a terminais de grãos lançam dúvidas sobre essas alegações russas.