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Agricultura

Cotações do milho devem despencar 16% em Chicago; tendência para soja e trigo também é de desvalorização

Depois das máximas no ano passado, preço médio dos grãos deve recuar em 2023, aponta USDA

Preços médios de soja, milho e trigo devem recuar em 2023, aponta o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Uma variação negativa de 16,4% no milho, 9,8% na soja e 5,6% no trigo (veja gráfico abaixo).

A projeção foi apresentada nesta quinta-feira (23) durante a edição 99 do Agricultural Outlook Forum, organizado pelo órgão americano em Arlington (Virginia), ao lado de Washington DC. Projeção da soja para US$ 12,9/bushel; milho US$ 5,6/bushel; e trigo US$ 8,5/bushel.

Outlook Forum

Sobre as cotações médias, Seth Meyer, economista-chefe do USDA, explicou que depois de atingirem máximas no ano passado os preços voltam à normalidade. As varáveis estão no conflito no Leste Europeu, no clima, da safra em plena colheita na América do Sul e da intenção de plantio nos Estados Unidos.

O recuo nos preços também estaria relacionado a uma área ligeiramente maior de plantio e uma safra com melhor performance nos Estados Unidos em 2023.

Seth Meyer, economista-chefe do USDA. Foto: Canal Rural

Em relação ao milho, Meyer faz uma ressalva. Destacou que, apesar da área em expansão e possibilidade de produção recorde no Brasil, os preços continuam com suporte e acima da cotação média para o período nos últimos três anos.

Conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o país tem potencial para uma safra total de 124 milhões de toneladas no ciclo 2022/23. Somente da safrinha, ou segunda safra, o economista-chefe do USDA falou de uma oferta em potencial de 100 milhões de toneladas no Brasil.

Área cultivada com grãos nos EUA

Foto: Canal Rural/reprodução

 

A estimava de área a ser cultivada nos Estados Unidos em 2023 aponta um crescimento da área total para soja, milho e trigo de quase 7%, sustentado em especial pelo crescimento na área do trigo, de 8,2%. Já a área global das seis principais culturas do país tem aumento de 1,5%, por conta principalmente da queda de 20,8% na área de algodão.

Importante destacar que, embora apontem uma tendência, os dados apresentados nesta quinta-feira no Agricultural Outlook Forum são preliminares, seja em preços ou estimativa de área. O primeiro relatório oficial de intenção de plantio será divulgado no pré-plantio, no fim de março.

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