MT SUSTENTÁVEL

A certificação do algodão como garantia de sustentabilidade

A pesquisa tem sido uma grande aliada no processo de produção da cultura e tem gerado algodão coloridos

A certificação do algodão como garantia de sustentabilidade

A fazenda Paiaguás no centro-sul de Mato Grosso plantou 20 mil hectares de algodão nesta temporada. Essa cultura exige bastante atenção nos tratos, principalmente quando o assunto é controle de pragas. Os cuidados, tanto na lavoura quanto no beneficiamento, para que o produto receba o certificado de sustentabilidade são destaques na propriedade.

O Coordenador de Saúde e Segurança Ocupacional (SSO), Jonas Hanatzke, explica que alguns comerciantes compram o algodão só se ele estiver com o certificado de rastreabilidade. O produto atende a legislação vigente no Brasil desde a origem.

Foto: Leandro Balbino/ Canal Rural MT

A produção sustentável de algodão é o tema do episódio 38 do MT Sustentável.

Algumas lojas brasileiras possuem a tecnologia de avaliar se o algodão vem de uma produção sustentável. Com um smartphone é possível acessar as informações e conhecer o caminho percorrido da peça.

O Brasil irá colher uma das maiores safras de algodão da história, totalizando 7,3 milhões de toneladas.

Uso de biológicos se torna regra

Para controlar as possíveis pragas nas lavouras, o uso de biológicos tem se tornado regra na propriedade. Marlo Fröhlich, coordenador de produção agrícola explica que atualmente, o aumento no uso de biológicos trabalha no controle de lagartas e percevejos.

“Na parte aérea, pragas do solo, produtos que a gente vem aumentando o uso, a tendência é cada vez mais aumentar esses produtos nas unidades do grupo”, explica.

O algodão sai da lavoura e vai direto para o beneficiamento.

Foto: Leandro Balbino/ Canal Rural MT

Ao chegar nessa etapa, já aparece com um código de rastreio que vai acompanhar os fardos até a indústria. E as auditorias anuais garantem a sustentabilidade da produção na propriedade e por isso, tanto o produto quanto a algodoeira são certificadas.

“Nós nos baseamos na certificação ABR/BCI que possui três pilares: Econômico, Social e Ambiental. As auditorias são feitas aqui, com um auditor deles (da associação). Olham a parte de contrato de trabalho, segurança, o que foi plantado.. Se é sustentável”, comenta Hanatzke.

Pesquisa como aliada na produção

A pesquisa sempre foi uma grande aliada da sustentabilidade e quando se fala de algodão, não podia ser diferente. A propriedade Paiaguás tem testado três variedades de algodão colorido. O rubi, a safira e o jade. As três foram desenvolvidas pela Embrapa e estão sendo testadas para a produção em larga escala.

Foto: Leandro Balbino/ Canal Rural MT

O auxiliar de pesquisa, Juliano Horbach comenta que ainda é preciso analisar o rendimento de fibra, qualidade da fibra e a produtividade do algodão. “A diferença é que o algodão colorido, não passa pelo processo de tingimento que o algodão branco possui. Então, economiza cerca de 80 litros de água por quilo de algodão tingido, por quilo de tecido tingido”, pontua.

Vantagens que vão além. Por não haver tingimento, não há resíduos a serem tratados, como efluentes, formados pela mistura da água e corantes. E por não ter corantes artificiais, o algodão colorido é hipoalergênico.

 

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