O período proibitivo de queimadas em Mato Grosso começa no dia 1º de julho e vai até o fim de outubro, de acordo com um decreto publicado no Diário Oficial do estado. O comandante do Batalhão de Emergências Ambientais/MT, Marco Aurélio Aires da Silva, explicou que a medida também estabelece estado de emergência entre os meses de maio a novembro de 2023. Autorizando a contratação de mais brigadistas a fim de aumentar os instrumentos de resposta durante esta etapa.
Este é o tema do Estúdio Rural deste sábado (17).
O comandante explica que o estado tem recebido desde 2020, com a criação do Comitê Estratégico para o Combate do Desmatamento Ilegal, a Exploração Florestal Ilegal e aos Incêndios Florestais (Cedif-MT), grande quantidade de recurso para que ógrãos de segurança se estruturem com a intenção de reduzir os crimes ambientais.
Em 2021 o valor dos recursos disponibilizados chegaram a algo em torno de R$ 13 milhões voltados à linha de ação prevenção e combate – uma das sete linhas de atuação – já em 2022 o valor foi de R$ 20 milhões e neste ano, a previsão é de R$ 18 milhões.
“Com toda essa estruturação nós conseguimos, até 5 de junho, reduzir cerca de 14% dos focos de calor na região amazônica, 35% na região de cerrado e 17% na região do pantanal. Tudo isso é reflexo do que o estado disponibiliza para nós”, afirma Aires.
Para que os incêndios sejam resolvidos com mais agilidade, o estado está investindo em tecnologia. Aires comentou sobre uma plataforma capaz de auxiliar a distribuição das equipes. Essa tecnologia ainda está sendo consolidada para que atenda às nossas necessidades. “Neste ano, seremos cada vez mais assertivos e vamos conseguir diminuir o tempo de resposta no atendimento a ocorrências voltadas aos incêndios florestais”, afirma.
Preparação para o período proibitivo
O chefe de operações do Batalhão de Emergências Ambientais/MT, Isaac Wihby, frisa que esse período está se iniciando mais cedo que o previsto na legislação. Para isso, é preciso que os produtores fiquem atentos às datas com o objetivo das medidas serem mitigadas com antecedência.
“O jeito certo de se fazer a queimada controlada é o proprietário entrar com um processo na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) e com isso, ele recebe o prazo de um ano para realizar a queima. Então, é importante que o proprietário saiba que, na lei conta que o período proibitivo se inicia dia 15 de julho mas esse ano ele foi antecipado e foi estendido um mês e meio”, explica Wihby.
O período proibitivo é adotado durante a época mais seca do ano, quando a vegetação resseca e as chuvas diminuem, aumentando o risco de incêndios. Wihby reforça que as plantações (como a de milho, por exemplo) fiquem mais propensas à queima.
Dessa forma, fazer a manutenção nas propriedades, verificar os maquinários e instrumentos de combate ao incêndio se torna fundamental. “Fazer o reconhecimento das propriedades e ver os pontos mais sensíveis, montar uma rede de ajuda é sempre essencial. A cooperação entre os proprietários e vizinhos também é muito importante”, afirma.
O comandante explica que a preparação para essa época do ano, é um trabalho conjunto entre o corpo de bombeiros, os produtores rurais e o estado.
“Nós trabalhamos em conjunto com o Senar-MT na realização de curso para capacitação de operação de maquinários pesados, operação de drones e conhecer mais o outro lado da moeda para entender os pontos vulneráveis”, pontua.
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