Entidades ligadas ao agronegócio em Mato Grosso reforçam respeito à democracia e pontuam preocupações para o setor e a economia nacional com o futuro governo no Brasil. Segundo a classe representativa dos produtores rurais, as novas políticas que podem ser implantadas, que possam elevar as invasões de terras e insegurança jurídica, é um dos pontos.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente da República pela terceira vez. O petista superou Jair Bolsonaro (PL) na disputa pelo segundo turno com 50,90% dos votos.
A diferença de votos entre os dois candidatos foi considerada apertada, o que de acordo com o presidente do Sistema Famato, Normando Corral, mostra haver uma divisão no país.
Corral pontua que não há o que questionar o resultado das urnas. “A possibilidade de ele disputar uma eleição já demonstra a insegurança jurídica que existe no país, porque ele não foi absolvido. Ele foi ‘descondenado’ e isso nos assusta”, diz o presidente do Sistema Famato.
Outro receio do setor produtivo apontado pelo presidente do Sistema Famato é quanto as invasões de terras. “Isso é o que mais nos preocupa. Há movimentos ligados ao Partido dos Trabalhadores, que primam pela ilegalidade”.
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Acrimat destaca receio com novas políticas
No setor pecuário bovino a implantação de novas políticas é outro receio. De acordo com a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), elas podem ser trazer dificuldades não apenas para o setor produtivo, mas para toda a economia brasileira também.
Presidente da Acrimat, Oswaldo Pereira Ribeiro Júnior, destaca que o setor produtivo vive hoje com inúmeros problemas. Além de problemas a mais que possam surgir, como o aumento de invasões de propriedades e insegurança jurídica, há ainda a definição da lei de um marco temporal.
“O setor espera que o novo governo olhe com carinho para o produtor rural, que ofereça condições de segurança e estabilidade e que o defenda de acusações infundadas. Esperamos ainda que não deixe faltar crédito para os pequenos e médios produtores, que representam a maioria da classe produtora do Brasil”, salienta o presidente da Acrimat.
Apesar do resultado o agro seguirá forte, diz Aprosoja-MT
Na próxima sexta-feira (04) a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) irá se reunir com os seus associados. O presidente da entidade, Fernando Cadore, afirma que a premissa sempre foi ouvir à base para direcionar os próximos passos.
“O fato é que setor continua sendo gigante e forte da maneira que é: unido. E, obviamente o direcionamento que a diretoria vai tomar irá depender da reunião com os associados, porque é assim que a Aprosoja-MT trabalha”, frisa Cadore.
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