O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) consolidou a área destinada ao milho 2022/23 no estado em 7,492 milhões de hectares e estima uma produção de 51,031 milhões de toneladas. O volume supera em 16,41% a produção da safra passada.
Os números atualizados foram divulgados nesta segunda-feira (7) pelo Imea. Conforme o relatório mensal de Oferta & Demanda, a área consolidada apresenta alta de 1,01% em relação a extensão as estimativas de junho e de 4,83% no comparativo com a safra 2021/22.
“Esse cenário de incremento na área no comparativo das safras em Mato Grosso foi reflexo da alta na demanda pelo cereal e da menor oferta no mercado mundial para o ciclo 2022/23”, destaca.
Em decorrência das boas condições das lavouras, somado aos bons resultados apresentados com o avanço da colheita até o final de julho, as projeções para a produtividade são de 113,52 sacas por hectare. Um aumento de 0,75% a estimativa de junho e de 11,04% ao ciclo passado, quando a produtividade média consolidada foi de 102,23 sacas.
Até o dia 4 de agosto as máquinas haviam atingido 96,08% da área destinada ao grão.
“Com a consolidação da área e o reajuste de produtividade, a produção de milho para a safra 2022/23 ficou estimada em 51,03 milhões de toneladas, incremento de 883,62 mil toneladas ante a estimativa do mês passado e 7,19 milhões de toneladas a mais quando comparado com o ciclo 2021/22”, frisa o Imea.
Exportações e consumo interno de milho crescem
De acordo com o relatório de Oferta & Demanda de milho em Mato Grosso, as exportações devem somar 30,12 milhões de toneladas, um aumento de 14,02% em comparação a temporada 2021/22. Já o consumo interno, ou seja, dentro do estado as previsões são de 14,36 milhões de toneladas. Alta de 20,39%.
As perspectivas de crescimento nas exportações são em decorrência a demanda mundial por milho, diante da guerra entre Ucrânia e Rússia e as condições climáticas em importantes países produtores do cereal, como Estados Unidos. Quanto ao mercado interno o incremento é influenciado, explica o Imea, pela maior demanda por parte das usinas de etanol no estado.
No que tange ao consumo interestadual são esperados 5,09 milhões de toneladas, queda de 4,5%.
“Ainda, vale destacar que não foi realizado nenhum ajuste no volume destinado as aquisições públicas, uma vez que o Governo Federal não apresentou novas atualizações dessas políticas para o milho”, salienta o Imea.
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