O crescente número de invasões de terras nos últimos meses tem elevado ainda mais a insegurança dentro do campo. De acordo com o presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Nilson Leitão, os movimentos que hoje invadem terras são movimentos que não são a favor da constituição brasileira.
Nilson Leitão é o entrevistado desta quinta-feira (11) do programa Direto ao Ponto.
“Eles querem mudar a Constituição Brasileira. Eles querem mudar a regra, a segurança jurídica e o direito à propriedade. Se eles quisessem terra, já teriam terra. Eles são aliados do governo e não falta terra”, salienta o presidente do IPA.
Durante o Direto ao Ponto, Leitão lembra que relatório feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU) de 2017 mostrava que aproximadamente 200 mil áreas de assentamento haviam sido devolvidas e que em torno de 120 mil apenas era reivindicadas pelo MST.
“Então, tem alguma coisa errada”, frisa.
Aproximação entre agro e governo federal
Conforme Nilson Leitão, o agronegócio e governo federal estão buscando “conversar”, mas que ainda “realmente há uma resistência”.
“Às vezes o governo culpa o setor, mas o setor se sente ameaçado às vezes com alguns pontos. O agro não é um partido político. O governo não pode enxergar o agro como um inimigo eleitoral. Está errado. Dentro do agro você tem cidadãos, produtores, pessoas que geram emprego e renda para o país e que tem que ser visto pelo governo com muito respeito e responsabilidade”.
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