Mato Grosso

Pesquisa em MT investiga resíduos de peixe como fonte alimentar natural

Objetivo do estudo visa construir uma alimentação mais saudável e minimizar a produção de resíduos nos frigoríficos

Tanques de peixe de estudo UFMT
Foto: Assessoria UFMT

Otimizar e viabilizar a melhor utilização e aproveitamento de resíduos provenientes dos peixes nativos que passam pelos frigoríficos de Mato Grosso. Este é o objetivo de estudos que vêm sendo realizados pelo Núcleo de Estudos em Pescado (Nepes), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Conforme a instituição de ensino superior, o intuito é aproveitar esse material que é descartado.

Os animais passam por um processo denominado “filetagem”, onde é separado o filé das demais partes, para que fique mais limpo para chegar à mesa do consumidor. Os espinhos, escamas, entre outras partes do peixe, serão os resíduos utilizados para o estudo.

Na prática, a pesquisa realizada é sobre o Concentrado Protéico de Pescado (CPP), que é obtido desse material descartado, como explica a professora Luciana Kimie Savay da Silva.

“O CPP ainda não é utilizado no Brasil como alimento para consumo humano, e a proposta da pesquisa é compreender o comportamento dele como ingrediente para enriquecimento de alimentos convencionais, em uma matriz amilácea. Já temos resultados interessantes quanto à otimização do seu processo de obtenção, suas características nutricionais e tecnológicas”, ressalta a professora.

O projeto será desenvolvido pelo Nepes, que é composto por uma equipe de professores e alunos da graduação e pós-graduação dos cursos de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Zootecnia e Veterinária da UFMT.

Um dos membros do projeto é o professor Manoel Divino da Matta Júnior. Ele espera que futuramente os resultados dessa pesquisa possam ser utilizados para a produção de alimentos industrializados saudáveis.

“Esperamos que futuramente os resultados dessa pesquisa possam ser utilizados para viabilizar a produção de alimentos industrializados saudáveis. A elaboração de massas, como macarrão, e produtos de panificação (pães, biscoitos, cookies, e outros), com elevados teores proteicos poderá ser uma realidade, assim como a minimização da produção de resíduos no frigorífico”, explica o professor.

 

Editado por: Alexia Oliveira, de Cuiabá (MT)

*Sob supervisão de Viviane Petroli

 

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