O Brasil conta com aproximadamente 2,5 milhões de pessoas no campo, entre produtores e colaboradores, a serem capacitadas em aplicação de defensivos agrícolas. A obrigatoriedade de uma certificação para tal atuação começa a valer em 31 de dezembro de 2026 e, conforme o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), cerca de 40 mil apenas buscaram a qualificação até o momento.
A criação de registros de aplicadores, com a obrigatoriedade de treinamento para os profissionais aplicadores em campo, é o tema do programa Direto ao Ponto desta semana, que conta com a participação da diretora executiva do Sindiveg, Eliane Hiratsuka Kay.
O Programa Aplicador Legal consta no Decreto Nº 10.833/2021, do Ministério da Agricultura e Pecuária, e visa capacitar e cadastrar produtores e trabalhadores rurais que manuseiam defensivos agrícolas no Brasil.
“Esse programa está muito focado nos pequenos e médios agricultores ou produtores rurais que não tiveram a oportunidade de serem qualificados. E, a ideia é dar uma qualificação uniforme e credenciá-los”, a diretora do Sindiveg.
Treinamento inicial conta com quatro módulos
Conforme Kay, após a publicação do decreto, o Ministério da Agricultura realizou consulta pública para definição do conteúdo programático a ser ministrado durante a capacitação. Inicialmente, são quatro módulos: EPI, primeiros socorros, tecnologias e aplicação e armazenagem.
“Esses quatro módulos iniciais eles compõem o conteúdo básico deste treinamento para a qualificação. E, se o produtor rural ou aplicador for usar um equipamento costal, ele vai fazer o treinamento mais longo sobre a tecnologia que ele vai aplicar. Se ele vai fazer aplicação tratorizada, ele vai fazer um treinamento nessa tecnologia”.
Para a realização dos treinamentos, o Sindiveg conta com uma parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). A diretora executiva do sindicato comenta que nos sites das duas entidades é possível ter acesso ao conteúdo dos quatro módulos, que incluem material básico e vídeo.
Ao final é realizado um teste, segundo Kay, para ver o nível de absorção de conhecimento do participante. “A partir de um determinado número de acertos você recebe um certificado. Esse ainda é a carteirinha da qualificação”, ressalta.
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