O Brasil, um grande produtor de alimentos, pode passar a ter que importar alimentos caso uma alíquota diferenciada não seja imposta para ele na reforma tributária. Tal risco é apontado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
A reforma tributária e suas consequências para o agronegócio e a produção de alimentos no país, além do Plano Safra 2023/2024, são alguns dos assuntos do programa Direto ao Ponto desta quinta-feira (29), que conta com a presença do diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi.
A proposta de reforma tributária tem gerado inúmeras dúvidas e debates no setor do agronegócio. Conforme Lucchi, alguns pontos não atendem ao setor e precisam ser melhorados para que a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) possa apoiar.
Entre os pontos elencados pelo diretor técnico da CNA que precisam melhorar está a colocação de uma alíquota diferenciada, à exemplo de países como a Europa, que contam com carga tributária para o setor do agronegócio e da saúde.
“O resto do mundo aplica valores menores para a agropecuária. E, se a gente não tiver isso é capaz do Brasil, que é um grande produtor de alimentos, ter que importar alimentos de outros países, que vai ser mais barato do que produzir aqui dentro em função da carga tributária”.
Plano Safra atende, mas é preciso ficar de olho
Nesta semana o governo anunciou o Plano Safra 2023/2024. Para destinados R$ 364,22 bilhões para apoiar a produção agropecuária de médios e grandes produtores rurais até junho de 2024 e para agricultura familiar R$ 77,7 bilhões.
“Os volumes são satisfatórios. A nossa preocupação agora é garantir que esse recurso vá realmente chegar ao produtor, que não tenha interrupções de linhas e nem de financiamento, como tivemos nas linhas de investimentos”.
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