A área dedicada ao feijão deve recuar 5%, de 214,1 mil hectares, em 2022/23, para 203,8 mil na atual safra. A informação foi divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Segundo a Conab, as condições de restrição hídrica e altas temperaturas, principalmente nas regiões produtoras do centro-sul e centro-norte do estado, estão dificultando o cultivo das lavouras do feijão-comum e gerando uma perspectiva de redução na área estimada para o plantio.
As condições de restrição hídrica e altas temperaturas, principalmente nas regiões produtoras do centro-sul e centro-norte do estado, estão dificultando o cultivo das lavouras do feijão-comum e gerando uma perspectiva de redução na área estimada para o plantio, aponta a Conab.
No centro-norte, as chuvas foram pouco significativas no fim de 2023, o que inviabiliza a evolução do plantio e prejudica as lavouras em desenvolvimento vegetativo.
Com a expectativa de chuvas para o fim de dezembro, os produtores realizaram o plantio em solo seco, visando não perder a umidade disponível para a lavoura. As áreas semeadas no fim de outubro e início de novembro serão replantadas.
Assis Pinheiro Filho, engenheiro agrônomo da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), ressalta que a necessidade de água do feijoeiro varia entre 300 e 500 mm para obtenção de alta produtividade.
“A falta de água na hora certa reduz a capacidade de desenvolvimento da planta, o que reforça a necessidade de chuvas regulares desde a semeadura até o desenvolvimento da planta”, pontua Assis.
Por outro lado, no centro-sul, devido à forte estiagem, a maior parte das lavouras implantadas em novembro foram perdidas, e o plantio foi interrompido.
A escassez de chuvas, altas temperaturas e a falta de água no solo inviabilizaram o desenvolvimento das plantas e paralisaram a semeadura.
No entanto, os agricultores apenas aguardam o retorno das chuvas para reiniciar o plantio.
Menor impacto no Oeste
Na região do oeste baiano, as lavouras dedicadas a feijão fradinho seguem com bom desenvolvimento (em monocultivo ou consorciado com milho), conduzido por pequenos produtores. Segundo a Conab, não há relatos de perdas fitossanitárias.
As condições de restrição hídrica e altas temperaturas, sobretudo nas regiões produtoras do centro-sul e centro-norte do estado, estão impossibilitando o cultivo das lavouras e gerando perspectiva de redução na área estimada para o plantio.
De acordo com a Seagri, isso também vem diminuindo a janela ideal de plantio e o desenvolvimento inicial das plantas.
O Brasil possui três épocas distintas de plantio de feijão, favorecendo assim uma oferta constante do produto ao longo do ano.
Dessa forma, tem-se o feijão de primeira safra, semeado entre agosto e dezembro, o de segunda safra, cultivado entre janeiro e abril, e o de terceira safra, semeado de maio a julho.
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