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Bahia colhe 63% de todo guaraná produzido no Brasil

Apesar do número positivo, houve redução de 15,1% na comparação com o ano anterior. Segundo maior produtor, Amazonas cresce 6,7%

Levantamento da Conab, apontou que a Bahia é o estado que em 2022, produziu 63,2% de todo o guaraná colhido no Brasil. Produção com uma safra de 1.555t
Foto: Raquel Cunha/ Flickr

Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), apontou que a Bahia é o estado que em 2022, produziu 63,2% de todo o guaraná colhido no Brasil, com uma safra que alcançou a marca de 1.555 toneladas.

De acordo com a Secretaria de Agricultura do estado (Seagri), os municípios de Taperoá e Ituberá, no baixo sul, são os principais produtores, abastecendo tanto o mercado interno, quanto o internacional.

Apesar do número positivo na produção nacional em 2022, segundo a Conab, houve uma redução de 15,1% na comparação com o ano anterior, devido a reduções de área em 1,1% e de produtividade em 14,1%.

No período 2018 a 2022, a produção nesse estado recuou 0,5% ao ano, com reduções de área (- 0,3% aa) e produtividade (- 0,2% aa).

A Seagri informou ainda que, o guaraná produzido na Bahia é comercializado em pó ou em grãos e é reconhecido pela sua qualidade, atendendo aos padrões de mercados exigentes, como Alemanha, Itália, França e Estados Unidos.

Essa cultura joga papel importante na geração de renda para pequenos e médios produtores instalados na região do baixo sul baiano.

A pesquisa de preços realizada pela Conab aponta que o valor médio pago ao produtor de guaraná tipo 1 na Bahia, em agosto, situou-se em R$ 50,00/kg, apresentando aumento de 25% na comparação com o mês anterior e de 40,7% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Já para o tipo 2, o quilo estava cotado em R$ 45,00/kg em agosto.

Na Bahia, o período de colheita ocorre de outubro a abril e a comercialização de novembro a abril. A expectativa da Conab é por uma demanda firme e com preços pagos ao produtor em alta nos próximos meses, puxados pela entressafra e o início lento da colheita.

Amazonas cresce

Segundo relatório da Conab, o Amazonas é o segundo estado maior produtor, que representou 27,9% da produção nacional em 2022, havendo produzido 686 toneladas, um aumento de 6,7% na comparação com o ano anterior.

O aumento da produção é consequência do aumento de área em 17,5%, apesar de redução de produtividade em 1,9% no ano na comparação com o ano anterior.

O estado do Mato Grosso é o terceiro estado maior produtor e representou 4,8% da produção nacional em 2022, com 118 toneladas produzidas, redução de 31,4% na comparação com o ano anterior, devido à redução de produtividade no mesmo percentual e estabilidade na área destinada à colheita.

Os três principais estados produtores foram responsáveis por 95,9% da produção nacional em 2022.


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